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Governo Bolsonaro pagou R$ 5,5 bi do orçamento secreto em 2021

O governo Bolsonaro reservou R$ 13 bilhões para gastar com o orçamento secreto em 2021, dos quais R$ 5,5 bilhões foram pagos

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Jair Bolsonaro e Arthur Lira
1 de 1 Jair Bolsonaro e Arthur Lira - Foto: Alan Santos/PR

O governo Bolsonaro reservou R$ 13 bilhões para gastar com o orçamento secreto em 2021, dos quais R$ 5,5 bilhões foram pagos. O valor maior foi empenhado, ou seja, entrou na primeira etapa de um gasto público, quando o dinheiro é carimbado para a execução. No ano anterior, os números foram maiores: os empenhos totalizaram R$ 19,7 bilhões, com R$ 7 bilhões efetivamente pagos.

Considerando os órgãos do governo federal, o principal beneficiado com o orçamento secreto foi o Ministério da Saúde, com R$ 6 bilhões em empenho, isto é, reservados para o gasto. Em seguida vem o Ministério do Desenvolvimento Regional, com R$ 4,3 bilhões empenhados, e o Ministério da Agricultura, com R$ 967 milhões.

As emendas de relator, que formam o orçamento secreto, explodiram durante o governo Bolsonaro, com o objetivo de comprar apoio de políticos do centrão. Esse tipo de emenda é definido na hora de fechar o Orçamento, quando muitas vezes é preciso fazer uma correção técnica da destinação de recursos para áreas que precisam ser melhor contempladas.

O principal problema dessas emendas é a falta de transparência, na medida em que não é possível verificar que parlamentar solicitou o repasse, nem quais foram os critérios usados para liberar o dinheiro.

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Valdemar Costa, presidente do Partido Liberal (PL), tem perfil articulador nos bastidores políticos. Nos últimos tempos, retornou ao holofotes com a filiação de Bolsonaro ao PL
No governo Bolsonaro, o cacique da sigla já fez indicações ao Ministério da Saúde, ao Banco do Nordeste e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Em outubro de 2021, Valdemar gravou um vídeo convidando Bolsonaro a ingressar no PL e, também, afirmou que iria apoiá-lo na campanha de reeleição
Em gravação a auxiliares, Waldemar defendeu a ideia dizendo que “todos têm que crescer”, se referindo à filiação do presidente
Valdemar foi questionado diversas vezes sobre os enroscos que poderia criar para o PL com a filiação de Bolsonaro, mas o objetivo sempre foi o crescimento do partido
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Divulgação/PL
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Valdemar Costa, presidente do Partido Liberal (PL), tem perfil articulador nos bastidores políticos. Nos últimos tempos, retornou ao holofotes com a filiação de Bolsonaro ao PL

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No governo Bolsonaro, o cacique da sigla já fez indicações ao Ministério da Saúde, ao Banco do Nordeste e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

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Em outubro de 2021, Valdemar gravou um vídeo convidando Bolsonaro a ingressar no PL e, também, afirmou que iria apoiá-lo na campanha de reeleição

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Em gravação a auxiliares, Waldemar defendeu a ideia dizendo que “todos têm que crescer”, se referindo à filiação do presidente

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Valdemar foi questionado diversas vezes sobre os enroscos que poderia criar para o PL com a filiação de Bolsonaro, mas o objetivo sempre foi o crescimento do partido

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Valdemar da Costa Neto, presidente do PL

José Cruz/Agência Brasil
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A filiação, inclusive, foi adiada uma vez, após troca de insultos entre Valdemar e Bolsonaro, incluindo um “VTNC você e seus filhos”, dito pelo presidente do PL

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Bolsonaro negou a troca de farpas com o cacique do PL, mas exigiu ter a palavra final sobre os palanques do partido em 2022 nos três maiores colégios eleitorais do Brasil

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O "casamento" só deu certo após Valdemar acertar a candidatura do ministro Tarcísio Freitas ao governo de São Paulo

Gustavo Moreno/Metrópoles
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Com a entrada do bolsonarista na eleição de São Paulo, Valdemar precisará refazer os cálculos para repartir o fundo partidário entre todos os deputados do PL

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Após questionamentos da oposição, o STF chegou a suspender a execução de qualquer recurso vindo dessas emendas no início de dezembro. Contudo, após negociação com a presidência da Câmara e do Senado, que se comprometeram a aumentar a transparência das emendas, o STF liberou a utilização dos valores.

Agora, o Congresso tem até o começo de março para informar que deputados ou senadores pediram cada recurso, inclusive para valores já pagos.

Os valores constam do Siga Brasil, plataforma desenvolvida pelo Senado que extrai dados diretamente do Siafi, o sistema de administração financeira do governo federal. Os números devem mudar ao longo desta semana, a última de 2021.

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