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Governo Bolsonaro descartou site único para divulgar orçamento secreto

Proposta partiu do Ministério da Economia um mês antes de decreto de Jair Bolsonaro; orçamento secreto foi de R$ 16 bi em 2021

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Fotografia colorida de Jair Bolsonaro retirando a máscara de proteção contra a Covid-19 - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida de Jair Bolsonaro retirando a máscara de proteção contra a Covid-19 - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O governo Bolsonaro descartou criar um portal único para detalhar o pagamento do orçamento secreto. Antes de o Palácio do Planalto editar um decreto sobre o tema em dezembro, o Ministério da Economia defendeu a divulgação das emendas de relator no site centralizado, o que não aconteceu. No ano passado, o orçamento secreto foi de R$ 16 bilhões, com R$ 6,4 bilhões já pagos.

As emendas de relator ficaram conhecidas como orçamento secreto porque não é possível saber que parlamentar indicou o destino do dinheiro, nem com quais justificativas. Além disso, a sua execução não é obrigatória. Essa modalidade sem transparência explodiu durante a gestão Bolsonaro, com o objetivo de negociar apoio de políticos do Centrão.

Em um documento de 3 de novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu a Jair Bolsonaro que o governo criasse um portal centralizado. Esse modelo garantiria a análise de dados das emendas parlamentares, das solicitações das verbas até o pagamento. Guedes escreveu também que sua pasta vinha discutindo essa solução com a Secretaria de Governo da Presidência.

Segundo o ministro, o portal único não ficaria pronto imediatamente por causa de sua complexidade. Mesmo assim, Guedes manteve a proposta.

A ideia não prosperou. Mais de um mês depois, em 9 de dezembro, o decreto de Jair Bolsonaro foi publicado sem fazer menção a esse trecho. Em vez disso, o presidente definiu que caberá a cada um dos 23 ministérios divulgar os dados em seus sites.

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Valdemar Costa, presidente do Partido Liberal (PL), tem perfil articulador nos bastidores políticos. Nos últimos tempos, retornou ao holofotes com a filiação de Bolsonaro ao PL
No governo Bolsonaro, o cacique da sigla já fez indicações ao Ministério da Saúde, ao Banco do Nordeste e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Em outubro de 2021, Valdemar gravou um vídeo convidando Bolsonaro a ingressar no PL e, também, afirmou que iria apoiá-lo na campanha de reeleição
Em gravação a auxiliares, Waldemar defendeu a ideia dizendo que “todos têm que crescer”, se referindo à filiação do presidente
Valdemar foi questionado diversas vezes sobre os enroscos que poderia criar para o PL com a filiação de Bolsonaro, mas o objetivo sempre foi o crescimento do partido
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Valdemar Costa, presidente do Partido Liberal (PL), tem perfil articulador nos bastidores políticos. Nos últimos tempos, retornou ao holofotes com a filiação de Bolsonaro ao PL

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No governo Bolsonaro, o cacique da sigla já fez indicações ao Ministério da Saúde, ao Banco do Nordeste e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

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Em outubro de 2021, Valdemar gravou um vídeo convidando Bolsonaro a ingressar no PL e, também, afirmou que iria apoiá-lo na campanha de reeleição

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Em gravação a auxiliares, Waldemar defendeu a ideia dizendo que “todos têm que crescer”, se referindo à filiação do presidente

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Valdemar foi questionado diversas vezes sobre os enroscos que poderia criar para o PL com a filiação de Bolsonaro, mas o objetivo sempre foi o crescimento do partido

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Valdemar da Costa Neto, presidente do PL

José Cruz/Agência Brasil
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A filiação, inclusive, foi adiada uma vez, após troca de insultos entre Valdemar e Bolsonaro, incluindo um “VTNC você e seus filhos”, dito pelo presidente do PL

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Bolsonaro negou a troca de farpas com o cacique do PL, mas exigiu ter a palavra final sobre os palanques do partido em 2022 nos três maiores colégios eleitorais do Brasil

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O "casamento" só deu certo após Valdemar acertar a candidatura do ministro Tarcísio Freitas ao governo de São Paulo

Gustavo Moreno/Metrópoles
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Com a entrada do bolsonarista na eleição de São Paulo, Valdemar precisará refazer os cálculos para repartir o fundo partidário entre todos os deputados do PL

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