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Governador do AM diz que irá às “últimas consequências” contra reserva

Em discurso na terça-feira (14/6), Wilson Lima disse que não permitirá a criação de reserva ambiental na região do Rio Manicoré

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Isac Nóbrega/PR
Governador do Amazonas Wilson Lima
1 de 1 Governador do Amazonas Wilson Lima - Foto: Isac Nóbrega/PR

O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou, na terça-feira (14/6), que irá “até as últimas consequências” para impedir a criação de reserva de desenvolvimento sustentável (RDS) na região do Rio Manicoré.

Lima, filiado ao PSC, fez a declaração durante ato político no município de Manicoré. À plateia o gestor lembrou que é filho de garimpeiro, e que os avós deixaram o Nordeste para se estabelecer na Amazônia em busca de oportunidades de trabalho.

“Quem está aqui em Manicoré só quer ter a condição de trabalhar e sustentar sua família. Por isso, meus amigos, tem uma situação que eu faço questão de esclarecer aqui e que está acontecendo lá no Rio Manicoré. Tem gente dizendo, levantando a ideia, de que será criada uma reserva ali. Esqueça, porque não há a menor possibilidade de acontecer. Eu vou lutar contra quem quiser fazer isso. Eu vou até as últimas consequências”, disse Lima.

O discurso foi feito pelo governador em meio às buscas pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips. Segundo as investigações, eles foram assassinados no Vale do Javari, no estado do Amazonas, por denunciarem a ação de pescadores ilegais na terra indígena.

Lideranças do Rio Manicoré conseguiram, em abril, a Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), que preserva o modo de vida das comunidades ribeirinhas e fortalece o combate a atividades ilegais na região.

O pedido para criar a unidade de conservação no Rio Manicoré existe desde 2008. A área, localizada no centro-oeste de Manicoré, tem mais de 392 mil hectares e engloba 15 comunidades, que totalizam uma população de 4 mil pessoas, segundo a ONG WWF.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

Divulgação/Funai
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

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O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
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A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

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Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

Adam Mol/Funai/Reprodução
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

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