Gonet, candidato a PGR, ganha “apoio tríplice” em Brasília
Paulo Gonet tem se fortalecido como favorito na disputa pela Procuradoria-Geral da República (PGR); mandato de Aras termina em setembro
atualizado
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O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, tem se fortalecido como favorito a suceder Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República (PGR) em setembro.
Ainda em fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes avisou a Gonet, em uma conversa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que havia lançado seu nome em uma conversa com Lula.
Ao sair da conversa, Gonet ligou para Gilmar Mendes, amigo próximo, para consultá-lo sobre o que achava da movimentação, preocupado com Alexandre ter se precipitado. Ele ouviu que assim era melhor: quando Gilmar referendasse seu nome a Lula, o presidente já teria a segurança de que o nome tinha o apoio de outras pessoas.
Há cerca de um mês, quando Lula consultou Alexandre sobre quem iria nomear ao TSE, o ministro do STF reforçou seu apoio a Gonet. E aproveitou para dizer que Gilmar Mendes bancava também o apoio. Lula respondeu que, por ele, sem problemas: assim ficava sabendo que, se escolher Gonet para a PGR, já atende dois ministros do STF.
Gonet ganhou depois disso um terceiro padrinho. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também deu sua benção. Dino tem relação boa com Gonet desde que assumiu um cargo na diretoria do Instituto de Direito Público (IDP) de Gilmar Mendes a seu convite.
Como mostrou a jornalista Malu Gaspar, Gilmar e Alexandre reforçaram a indicação também em um churrasco no Palácio da Alvorada no fim de maio.
O presidente ainda não bateu o martelo sobre a indicação e tem ouvido conselhos de aliados antes de tomar a decisão.