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General Heleno faz malabarismos e agora defende Centrão

General Heleno diz que o Centrão sofreu várias modificações depois da eleição e compara situação de Bolsonaro à vivida por Jânio Quadros

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Ministro Augusto Heleno, do GSI, de terno e gravata. Ao fundo o que parece ser uma tela azul | Metrópoles
1 de 1 Ministro Augusto Heleno, do GSI, de terno e gravata. Ao fundo o que parece ser uma tela azul | Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Três anos depois de cantar uma paródia em que associava os partidos do Centrão a bandidos, o general Heleno segue fazendo malabarismos para justificar a proximidade do governo Bolsonaro com o bloco fisiologista. Nesta semana, o presidente confirmou que se filiará ao PL, de Valdemar Costa Neto, condenado no esquema do mensalão.

Heleno reclamou em uma entrevista a uma militante bolsonarista, em agosto, que ficou carimbado como um inimigo do Centrão após a cantoria. “Eu fiz uma brincadeira com o Centrão. A partir daí, fiquei carimbado, criou-se o estigma de ser contrário ao Centrão e que o Centrão só tinha mau elemento. Isso não tem nada a ver”, declarou.

O general foi além no contorcionismo e ignorou que os mesmos caciques do mensalão e do petrolão são os chefes dos partidos do Centrão. “Depois das eleições, houve várias modificações nessa figura do Centrão. Eu não ligo para essas coisas, não. Até porque não sou político, não tenho partido. Levo essas coisas numa boa”, afirmou.

Heleno disse que o Centrão era “uma atividade metafórica que significava a reunião de vários parlamentares que tinham lá as suas convicções”. O general, que contou ter feito “muita campanha para Jânio Quadros” quando cursava o ensino médio, acredita que Bolsonaro vivia situação semelhante à do presidente que renunciou em 1961.

“O Jânio Quadros foi ser presidente contra tudo e contra todos, em termos parlamentares. Ele não conseguia votar nem briga de galo. Ele chegou ao ponto de mandar projetos de lei que pareciam coisas tresloucadas, mas ele queria arrumar o universo parlamentar a favor dele. Não conseguiu e partiu para a renúncia”, disse. “Todos os presidentes sentem necessidade de um apoio consistente, de alguma coisa concreta, que permita governar e aprovar.”

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