General denunciado em Itaipu diz que doou dinheiro, mas não diz a quem
General Joaquim Silva e Luna, que foi diretor de Itaipu, no entanto, não revela a quem foi a doação
atualizado
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O general Joaquim Silva e Luna, que foi nomeado diretor de Itaipu por Jair Bolsonaro, afirmou que doou o valor que recebeu como bonificação da empresa, no final de 2019, mas não revelou para quem. Após a coluna publicar que ele e outros cinco ex-diretores teriam recebido o pagamento de forma indevida, a empresa informou que abriu uma sindicância para apurar o caso.
De acordo com a denúncia, os diretores, entre eles outros três militares, deram a si mesmos bonificações que somavam R$ 1,3 milhão. No entanto, essa gratificação deveria ter sido paga apenas aos funcionários CLT, como forma de compensação pela redução de alguns direitos,e não aos diretores, que não são celetizados.
Em nota enviada à coluna, Silva e Luna disse que “a decisão pelo pagamento aos funcionários brasileiros ocorreu após a constatação de que a Direção-Geral paraguaia já havia realizado tal bonificação a seus funcionários”. E que “a diretoria colegiada, em votação, deliberou pelo pagamento dessas bonificações a todo o corpo funcional, incluindo os diretores”.
O general recebeu R$ 221 mil e os demais R$ 212 mil. Sobre esse valor, ele disse que não ficou “com um centavo sequer”. De acordo com ele, “ajudou quem mais precisa”.
“Como sempre fiz, ajudei aqueles que mais precisam, sem qualquer intenção de reconhecimento ou benefício pessoal, em consonância com os princípios que sempre guiaram minha vida”, diz a nota de Luna.
Sua assessoria foi questionada a quem foi a doação, mas informou que ele “não quer fazer publicidade sobre o assunto”.
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