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Fux avalia extradição de “químico do PCC”, de rede ligada ao Hezbollah

Turco apontado em sentença como “químico do PCC” foi preso no litoral de São Paulo e é procurado no Paraguai

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Rosinei Coutinho/SCO/STF; Divulgação
O ministro do STF Luiz Fux e o turco Eray Uç, cuja extradição o STF começou a analisar
1 de 1 O ministro do STF Luiz Fux e o turco Eray Uç, cuja extradição o STF começou a analisar - Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF; Divulgação

O STF começou a analisar, nesta semana, pedido do Paraguai pela extradição do turco Eray Uç, de 36 anos, preso no litoral de São Paulo, em junho de 2023, e apontado como “químico do PCC“.

Ele foi flagrado pela polícia em Praia Grande com oito quilos de maconha e oito quilos de “dry marroquino”, forma potencializada do haxixe cujo grama pode custar até R$ 60. Por isso, ele acabou condenado na Justiça paulista a 6 anos e 6 meses de prisão por tráfico de drogas.

Depois de o governo Lula enviar ao Supremo, na última terça-feira (2/4), o pedido paraguaio, o ministro Luiz Fux determinou que seja feita audiência para interrogatório do turco na manhã do dia 9 de maio, na sede da Justiça Federal de São Paulo. Um juiz instrutor do gabinete de Fux vai conduzir a oitiva.

O ministro já havia sido relator da prisão preventiva para extradição de Eray Uç. O mandado foi expedido em fevereiro, quando o turco já estava preso na penitenciária de Itaí, no interior de São Paulo, pelo caso de tráfico.

Conforme a Interpol, Eray circulava no Brasil com uma identidade falsa em nome de seu irmão, Garip Uç. Tanto que é o nome de Garip, e não o de Eray, que consta na sentença da Justiça de São Paulo.

“Segundo levantamentos efetuados pela Representação Regional da Interpol em Brasília, ele está atualmente recolhido no Presídio de ltaí/SP, onde havia dado entrada mediante uso de documento falso em nome de seu irmão, GARIP UC. Entretanto, confrontos papiloscópicos confirmaram que o preso se trata, de fato, do cidadão turco ERAY UC”, disse a Interpol ao STF.

A sentença da 1ª Vara Criminal de Praia Grande cita informações da polícia segundo as quais o turco é um “químico do PCC”, responsável pela produção de “dry marroquino”. Em depoimento no processo, um dos policiais que o prenderam relatou que Eray Uç admitiu que “aplicava conhecimento que obteve na Turquia para fazer a droga”.

Eray é procurado no Paraguai para responder pela apreensão de 51 rolos com cocaína no Aeroporto Guarani, em Ciudad del Este, em dezembro de 2017. O carregamento tinha como destino Istambul, na Turquia.

O turco preso no Brasil foi citado em uma audiência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, em 17 abril de 2018, como membro da quadrilha de traficantes liderada por Ali Issa Chamas, cujas atividades foram apontadas como relacionadas ao Hezbollah.

Segundo o relatório da audiência do Subcomitê de Contraterrorismo e Inteligência, vinculado ao Comitê de Segurança Interna da Câmara, Chamas fornecia “apoio material à organização terrorista” por meio do pagamento de taxas para entrada de cocaína no Líbano. Ele foi extraditado aos EUA em junho de 2017.

 

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