metropoles.com

Fraude em vacina: Bolsonaro põe em cena ex-CGU

Sem que a PF tenha ouvido o ex-ministro da CGU Wagner Rosário, defesa de Bolsonaro colheu depoimento dele por conta própria

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro e Wagner Rosário
1 de 1 Jair Bolsonaro e Wagner Rosário - Foto: Marcos Corrêa/PR

Um personagem considerado fundamental por Jair Bolsonaro para livrá-lo das suspeitas sobre fraudes em seu cartão de vacinação contra a Covid-19 enfim falou sobre o caso — em depoimento à defesa de Bolsonaro. Trata-se do ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Wagner Rosário, atual controlador-geral do governo Tarcísio Gomes de Freitas, em São Paulo.

Depois que a Polícia Federal concluiu as investigações sobre a adulteração do cartão de vacina e indiciou Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações, a defesa do ex-presidente passou a pedir e insistir que Rosário fosse ouvido no inquérito.

Como a PF não colheu depoimento do ex-CGU, o advogado de Bolsonaro abriu uma “investigação criminal defensiva” e ouviu Wagner Rosário por conta própria.

No depoimento ao advogado Paulo Amador Cunha Bueno, que defende Jair Bolsonaro e foi o responsável pela “investigação defensiva”, Rosário disse não ser “amigo íntimo” do ex-presidente. O relatório da oitiva e da apuração conduzida pela defesa de Bolsonaro foram apresentados ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

O ex-ministro da CGU isentou Bolsonaro, que é acusado por seu ex-ajudante de ordens, o delator Mauro Cid, de ter ordenado a fraude. Rosário disse que a investigação da PF se originou em um pedido dele próprio, por ordem de Jair Bolsonaro, e que a apuração não teria sido possível se o ex-presidente não tivesse autorizado a divulgação de seus dados de vacinação.

Wagner Rosário afirmou a Bueno que consultou Bolsonaro em 29 de dezembro de 2022, por telefone, se ele autorizava a divulgação de seu cartão de vacinação. Demandas por meio da Lei de Acesso à Informação pediam acesso ao material.

Segundo o ex-ministro, Bolsonaro autorizou a divulgação no mesmo dia, ocasião em que Rosário relatou ter feito contato com o Ministério da Saúde para pedir acesso às informações. Após solicitar os dados à pasta, o então chefe da CGU foi informado que havia três registros de vacinação de Bolsonaro, um em São Paulo e dois em Duque de Caxias (RJ).

Wagner Rosário contou ter ficado “surpreso com a informação” e supôs que haveria algum equívoco ou fraude, “tendo em vista que era público e notório que o ex-presidente jamais se vacinou”.

Diante disso, Rosário narrou ter aberto uma investigação preliminar junto à CGU para apurar a fraude e mandado um ofício à PF. “Caso o ex-presidente Bolsonaro não houvesse autorizado a abertura das informações de seu cartão, a existência de inserções falsas não teria sido investigada e provavelmente nunca teriam vindo a público”, diz o relatório do depoimento do ex-ministro.

Em manifestação ao ministro Alexandre de Moraes, o advogado de Bolsonaro afirmou que a investigação feita pela defesa “deixa claro que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro desconhecia as inserções falsas em seu cartão de vacinas ou, de outra sorte, não teria autorizado o levantamento de seu sigilo, via de consequência expondo as informações falsas”.

8 imagens
Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaroi em trio elétrico
Bolsonaro em ato na Avenida Paulista no 7 de setembro
Bolsonaro criticou Alexandre de Moares, ministro do Supremo Tribunal Federal
Para petistas, Bolsonaro deve adotar a mesma estratégia
O ex-presidente Jair Bolsonaro apoia Nunes, mas vê Marçal com fôlego para chegar ao 2º turno
1 de 8

Jair Bolsonaro participa de ato na Avenida Paulista

Isabella Finholdt/ Especial Metrópoles
2 de 8

Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaroi em trio elétrico

Isabella Finholdt/Especial Metrópoles
3 de 8

Bolsonaro em ato na Avenida Paulista no 7 de setembro

Isabella Finholdt/Especial Metrópoles
4 de 8

Bolsonaro criticou Alexandre de Moares, ministro do Supremo Tribunal Federal

Isabella Finholdt/Especial Metrópoles
5 de 8

Para petistas, Bolsonaro deve adotar a mesma estratégia

Isabella Finholdt/Especial Metrópoles
6 de 8

O ex-presidente Jair Bolsonaro apoia Nunes, mas vê Marçal com fôlego para chegar ao 2º turno

Isabella Finholdt/Especial Metrópoles
7 de 8

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e do pastor Silas Malafaia

Reprodução
8 de 8

Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles

 

Receba o conteúdo da coluna no seu WhatsApp e assine a newsletter de e-mail

Siga a coluna em Twitter, Instagram, Threads e Bluesky

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?