A foto do deputado federal Washignton Quaquá, uma das lideranças do PT no Rio de Janeiro, com o ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro Eduardo Pazuello, fez explodir intrigas e uma boa lavagem de roupa suja na esquerda fluminense.

Na manhã desta quinta-feira (16/2), Quaquá gravou um vídeo em seu Instagram acusando o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, aliado de Lula, de pedir cargos no governo federal e atender interesses de grandes empresários durante sua gestão na cidade da região metropolitana do estado.

Neves, que foi candidato ao governo do Rio de Janeiro e participou do governo de transição de Lula, criticou Quaquá por ter postado uma foto ao lado de Pazuello.

O ex-prefeito, filiado ao PDT, disse que Quaquá estaria posando ao lado do ex-ministro de Bolsonaro para fazer “afagos à direita” com interesse na eleição para a prefeitura de Maricá, seu reduto eleitoral, em 2024.

“Ele [Quaquá] é esperto, mas há o ditado de que o esperto demais se atrapalha. Depois de se frustrar ao não conseguir fazer o Lula vencer em Maricá, agora – pensando em sua candidatura a Prefeito em 2024 — tenta enganar a extrema direita afagando o General Pazuello e provoca mais uma vez confusão e indignação na militância progressista. Isso tem limites. Daqui a pouco ninguém leva ele mais a sério e nem acredita no que diz”, escreveu Neves.

Quaquá, em seguida, respondeu que ajudou Neves durante a eleição para o Executivo fluminense e que o pedestista é “ingrato”. O deputado petista disse também que Neves pediu cargos a Lula no governo federal e que, há alguns anos, teria atendido interesses de grandes empresários de ônibus ao não colocar transporte de graça em Niterói.

“Você foi para Brasília, tentou pegar um cargo no governo federal e foi preterido pelo governo em cargo federal. Você não fez porra nenhuma [sic] em Niterói. Você lembra que disse que não podia montar ônibus de graça porque era amigo dos caras? [sic]”, respondeu Quaquá.

Após a foto com Pazuello, que tem em sua conta milhares de vidas perdidas para a Covid-19 durante sua gestão no ministério da Saúde, Quaquá também foi alvo de críticas da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que disse que “na vida e na política, tudo tem limites”.