O senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) contra a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, por ter atacado a Justiça Eleitoral, mas ficou em silêncio quando seus colegas de partido, incluindo Jair Bolsonaro, fizeram o mesmo.

No início deste ano, o deputado Luiz Philippe de Orleans, do PL de São Paulo, anunciou que estava colhendo assinaturas para uma proposta que acabava com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele disse que tinha o apoio de diversos deputados da legenda para a “reforma geral do Judiciário”.

Durante um evento em 2021, o deputado Filipe Barros, do PL do Paraná, disse que já havia finalizado uma proposta de emenda à Constituição para fechar o TSE. Barros disse esperar que Bia Kicis, do PL do DF, com quem dividia o palco, assinasse o texto com ele.

Também em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro, do PL, chamou o então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, de “filho da puta”.

Flávio Bolsonaro afirmou à AGU, na última sexta-feira (22/9), que os ataques de Gleisi Hoffmann tinham “especial gravidade por representar proposta de subtração da legitimidade do Poder Judiciário para a condução das questões eleitorais e, em último grau, a preservação da democracia”. Para Flávio, a Justiça Eleitoral é “essencial” e “um dos mais relevantes ramos do Poder Judiciário”.