Fiadora da compra da Covaxin é alvo de inquérito por suposta fraude
Grupo empresarial da Fib Bank é investigado na Justiça de São Paulo; CPI ouve Tolentino, suposto sócio oculto e amigo de líder do governo
atualizado
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O grupo empresarial da Fib Bank, fiadora da compra da vacina Covaxin junto ao Ministério da Saúde, é alvo de um inquérito por suposta fraude na Justiça de São Paulo. A CPI da Pandemia suspeita que as empresas pertençam ao advogado Marcos Tolentino, amigo do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. Tolentino prestará depoimento à comissão nesta quarta-feira (1º/8).
O inquérito sigiloso foi solicitado no início de 2018 por uma empresa que alega ter sido vítima do grupo empresarial. A investigação segue em curso.
Segundo afirmou à Polícia Civil de São Paulo, a empresa havia contratado a companhia B2T, a Benetti, para um processo na Justiça do estado. A firma teria exigido que a suposta vítima aceitasse uma fatia de terra da Fib Bank, fiadora da Covaxin, como garantia fraudulenta no caso.
A B2T e a Fib são empresas ligadas a Marcos Tolentino. A CPI solicitou quebras de sigilo das firmas. Os senadores suspeitam que Fib seja uma companhia de fachada.
Nesta terça-feira (31/8), a coluna mostrou que a empresa transferiu mais dinheiro ao apresentador Celso Portiolli do que a seu CEO, Roberto Ramos.
Em entrevista na última sexta-feira (27/8), o empresário Abdul Fares, que revelou à CPI da Pandemia fraudes na Fib, afirmou que o advogado Marcos Tolentino é o dono da empresa. Em entrevista, Fares disse que a firma é fantasma.