Fazenda deixa o protagonismo da reforma tributária para a Câmara
Bernard Appy, secretário da Fazenda para a reforma tributária, irá submergir no período em que serão feitos os ajustes finais no texto
atualizado
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O Ministério da Fazenda quer que a Câmara dos Deputados se sinta empoderada para fazer a reforma tributária andar neste primeiro semestre.
Bernard Appy, secretário especial da Fazenda para a reforma tributária, pretende submergir no período em que serão feitos os ajustes finais na proposta.
O secretário tomou a iniciativa por conta própria. Appy avaliou que estava falando demais sobre o assunto e desmarcou entrevistas com os principais jornais do país.
A decisão deve agradar Arthur Lira. Deputados que defendem pautas setoriais foram avisados que todas as demandas devem ser enviadas ao relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro. Lira acredita que o direcionamento de pedidos à Fazenda pode gerar ruídos e atrasar a elaboração do texto final.
A tramitação da reforma tributária terá início na Câmara, e Lira assumiu o compromisso de aprová-la no primeiro semestre. Ele afirmou nesta quarta-feira (15/2), em evento do BTG, que o ministro Fernando Haddad “tem sido uma das figuras mais importantes do PT no diálogo com o Congresso” e que o ministro “está focado em fazer [a reforma] acontecer”.
Lira formalizou nesta quarta-feira a criação do grupo que analisará a reforma tributária. Os deputados terão 90 dias para concluir os trabalhos.