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Faraó do Bitcoin treinou chefes do Comando Vermelho a operar criptos

Em “Queda livre”, sobre Faraó das Bitcoins, jornalistas Chico Otávio e Isabela Palmeira revelam parceria com CV

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Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó dos Bitcoins", é tema de livro
1 de 1 Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó dos Bitcoins", é tema de livro - Foto: Reprodução

Chega às livrarias no começo de maio “Queda livre”, resultado de três anos de investigação dos jornalistas Chico Otavio e Isabela Palmeira sobre a ascensão e queda dos “faraós do bitcoin”, Glaidson Acácio dos Santos e Mirelis Yoseline Diaz Zerpa.

O casal formado pelo brasileiro e a venezuelana foi responsável por um dos maiores esquemas de pirâmide financeira já vistos no Brasil, que movimentou R$ 38 bilhões de reais e enganou 89 mil pessoas entre 2015 e 2021.

Uma passagem do livro de Chico e Isabela mostra como, mesmo depois de transferido do Complexo de Bangu a uma penitenciária federal de segurança máxima, em janeiro de 2021, Glaidson seguiu seduzindo pessoas a seu redor sobre o mundo dos criptoativos.

No presídio de Catanduvas, apesar das dificuldades de comunicação entre os internos, lideranças do Comando Vermelho, segunda maior facção criminosa do país, interessaram-se nos ensinamentos do Faraó dos Bitcoins sobre operações com criptomoedas.

O livro narra que pelo menos três líderes do CV — Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP; Cláudio de Souza Fontarigo, o Claudinho da Mineira; e Carlos Eduardo da Rocha Freire Barbosa, o Cadu Playboy — tentaram aprender sobre o assunto e pediram indicações de leituras a respeito.

“Depois da chegada de Glaidson, alguns despertaram interesse e passaram a ler livros sobre criptoativos”, disse aos jornalistas a advogada Flávia Fróes, que defende líderes de facções criminosas.

“Queda livre” será lançado pela Intrínseca como uma obra do selo “História Real”.

(Atualização às 19h50 do dia 7 de abril de 2024: A advogada Flávia Fróes enviou a seguinte nota à coluna. “Os internos mencionados, clientes desta advogada, estavam alocados na mesma vivência de Glaidson, o que é determinado por critérios da direção sem que seja possível a escolha dos custodiados. A leitura de livros é a única atividade possível aos presos do sistema federal, já que não há televisão, rádio ou outro meio de entretenimento. É salutar e desejável a leitura de livros sobre o mercado de criptoativos, matéria hoje regulamentada pela legislação brasileira, cujo conhecimento técnico sobre operações de trader Glaidson detém, de modo a estimular a ressocialização de outros presos a partir de uma atividade lícita. A entrega de livros nas penitenciárias federais para estudos dos presos é rigorosamente controlada pelo Senapen atendendo aos critérios de segurança estabelecidos pela direção, sendo a censura de alguns livros muito comum, só entrando obras que não representem riscos à segurança pública. Se eles estudam criptoativos é porque esse estudo não é ilegal nem representa risco para a sociedade”.)

 

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