Família Bolsonaro teme perder São Paulo e bolsonarismo para Marçal
O maior medo da família Bolsonaro com Pablo Marçal deixou de ser sobre São Paulo
atualizado
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O maior medo da família Bolsonaro com Pablo Marçal deixou de ser sobre São Paulo. Perder São Paulo seria ruim, mas o temor agora é que Marçal tome não só a maior cidade, mas também os eleitores de Bolsonaro. E os predicados de Marçal para esse eleitorado, na comparação com Bolsonaro, vão além de estar elegível.
Pablo Marçal tem uma estratégia digital tão ou mais arrojada do que a criada por Carlos Bolsonaro para o pai. Domina o método de criar mensagens de fácil compreensão para o público com uma maestria superior à do ex-presidente.
Marçal também traz o frescor de algo novo, sem apresentar ao eleitor os senões que o tempo naturalmente trouxe para Bolsonaro e que, um a um, vem sendo superados pelo eleitor que busca alguém na extrema direita.
Marçal hoje é o maior risco para a campanha de Ricardo Nunes e também para Bolsonaro. Se ganhar, está claro que não beijará a mão de Bolsonaro, tal qual faz Tarcísio de Freitas.
E o que fará em 2026? Eleito este ano, poderá usar a prefeitura de trampolim para uma candidatura presidencial. Derrotado este ano, poderá tentar o governo do estado, o Planalto ou, num cenário de menos risco para a família, concorrer ao Senado, trazendo problemas para os planos de Eduardo Bolsonaro.
O pior é que o próprio Bolsonaro alimentou o problema. Recebeu Marçal, elogiou, enviou sinais trocados para a sua base — que, ao que tudo indica, parece estar encantada pelo coach a ponto de deixar o ex-capitão de lado.