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Falta de Censo dificulta precisão de pesquisas com voto evangélico

Último censo foi feito há 12 anos e é provável que quantidade de evangélicos tenha crescido desde então

atualizado

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Fachada da Igreja Universal do Reino de Deus no Setor de Diversões Sul, o Conic - Metrópoles
1 de 1 Fachada da Igreja Universal do Reino de Deus no Setor de Diversões Sul, o Conic - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O atraso do governo federal para fazer o Censo, originalmente previsto para 2020, tem atrapalhado os institutos de pesquisa eleitoral a calibrarem a quantidade de evangélicos em seus levantamentos. Como não há no país sondagem com o nível de profundidade do Censo que pergunte a religião das pessoas, isso pode significar que fiéis dessas denominações estão sobre ou sub-representados nas pesquisas.

Os evangélicos estão no centro das eleições deste ano. Jair Bolsonaro se apoia pesadamente no grupo e tem liderado as pesquisas de intenção de voto entre os devotos de igrejas pentecostais e neopentecostais.

O problema é que, sem o censo, é difícil para um instituto de pesquisa saber, ao ir a campo, se entrevistou evangélicos demais ou de menos, em relação à real quantidade existente na população.

Entre 2000 e 2010, a parcela de evangélicos na população passou de 15,4% para 22,2%. Isso significa crescimento de 16 milhões de pessoas.

O último dado sobre o assunto é uma pesquisa do Datafolha feita no fim de 2020. Se estiver correta, o crescimento foi ainda maior na última década. O levantamento calculou em 31% o total de evangélicos na população brasileira.

“A precisão [das pesquisas] pode ser afetada”, resumiu o fundador do site PollingData, que agrega pesquisas eleitorais, Neale El-Dash.

El-Dash ressalva que, mesmo diante da dificuldade, as pesquisas devem acertar, mas com mais oscilações a depender dos institutos.

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metropoles.comGuilherme Amado

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