Executivo do setor de propina da Odebrecht quer repetir Marcelo no STF
Ex-integrante do “departamento de propinas” da Odebrecht pediu a Toffoli anulação de todos os atos da Lava Jato contra si
atualizado
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Um dos executivos que operavam o setor da Odebrecht responsável unicamente por pagamentos ilícitos da empreiteira acionou o ministro Dias Toffoli, do STF, para ver anulados todos os atos da Operação Lava Jato contra si —o mesmo benefício dado por Toffoli ao empresário Marcelo Odebrecht em maio.
As advogadas de Luiz Eduardo Rocha Soares, um dos 77 delatores da Odebrecht, apresentaram o pedido ao ministro nessa terça-feira (25/6).
A partir das mensagens hackeadas e vazadas de ex-procuradores da Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro, a defesa de Rocha Soares alegou a Toffoli que o delator foi alvo de arbitrariedades da força-tarefa e do magistrado, como o uso de prisões preventivas para forçar a Odebrecht e seus executivos a colaborarem com a Justiça.
Luiz Eduardo Rocha Soares é irmão de Paulo Sérgio da Rocha Soares, responsável pela criação do Drousys, um dos sistemas usados pela Odebrecht para gerenciar o “Setor de Operações Estruturadas”, nome eufemístico para “departamento de propinas”. O Drousys, assim como o MyWebDay B, também empregado na empreiteira nesse setor, foi anulado como prova pelo STF.
Embora peça a anulação de todos os atos da Lava Jato que o miraram, Rocha Soares quer manter os benefícios do seu acordo de delação, assim como Dias Toffoli garantiu a Marcelo Odebrecht.
Soares também solicitou que, como consequência das anulações, sejam trancadas cinco ações penais de que ele é alvo, na Justiça Eleitoral de Brasília, Justiça Eleitoral do Paraná e Justiça Federal de São Paulo.
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