Ex-sócio de Gilmar, Gonet nem sempre concordou com ministro do STF
Cotado para chefiar a PGR, subprocurador Paulo Gonet é amigo e ex-sócio do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal
atualizado
Compartilhar notícia
Amigo e ex-sócio de Gilmar Mendes, o subprocurador Paulo Gonet é apontado por seus críticos quase como uma extensão do ex-ministro na Procuradoria-Geral da República (PGR), o que diminuiria sua independência. Gonet e Gilmar foram sócios no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, a faculdade da família do ministro, em Brasília. Mas nem sempre foi assim.
Neste ano, quando Gonet era vice-procurador-geral eleitoral, representando Augusto Aras no Tribunal Superior Eleitoral, ele foi contra a cassação de Deltan Dallagnol.
A cassação de Dallagnol era algo por que Gilmar salivava. Mas Gonet defendeu que, como Dallagnol não respondia a um processo administrativo disciplinar (PAD), ele não poderia ter seu registro de candidatura cassado, porque a lei só estabelece como causa para se tornar ficha-suja quando o candidato renuncia a um cargo público para fugir de PAD.
Gonet disse que a figura do PAD não poderia ser confundida com “os procedimentos de investigação dos fatos, como a sindicância, a reclamação disciplinar e o pedido de providências, que não são aptos, por si, a gerar imposição de sanção administrativa”.