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Ex-ministro de Bolsonaro será chefe de gabinete de Alexandre de Moraes

José Levi deve assumir chefia de gabinete de Alexandre de Moraes no TSE em junho, dois meses antes de comandar Secretaria-Geral da corte

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
José Levi
1 de 1 José Levi - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O professor da USP José Levi, ex-advogado-geral da União do governo Bolsonaro, deve assumir a chefia de gabinete do ministro Alexandre Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de junho. O Ministério da Economia, onde Levi é servidor, formalizou sua cessão ao TSE na terça-feira (1º/2). Em agosto, quando Moraes passará a presidir a corte, Levi deve comandar a Secretaria-Geral do tribunal.

A expectativa no TSE é que Levi integre o gabinete de Moraes em junho para que o ex-AGU faça uma transição suave para a Secretaria-Geral, dali a dois meses. A Secretaria-Geral é um cargo de confiança estratégico para o presidente da corte.

Levi e Moraes trabalharam juntos no Ministério da Justiça no governo Temer. Levi era o número dois da pasta então comandada por Moraes. Quando o ministro deixou o ministério para ser sabatinado ao Supremo, no início de 2017, Levi assumiu a pasta interinamente.

No primeiro dia do governo Bolsonaro, em 2019, Levi tornou-se chefe da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, subordinada ao Ministério da Economia. Deixou o posto para ser advogado-geral da União, de abril de 2020 a março de 2021. Teve atuação elogiada na AGU, e independência que desagradou setores do governo, que queriam alguém mais subserviente.

Outro ex-ministro de Bolsonaro passará a despachar em breve no TSE. O general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa, assumirá a diretoria-geral da corte no próximo dia 22, início da gestão do ministro Edson Fachin na presidência do tribunal. A Diretoria-Geral cuida da logística das eleições. Azevedo e Silva ocupará o mesmo cargo na gestão de Moraes, a partir de agosto.

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

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