Ex-diretor da Saúde preso na CPI atrasou informações ao MPF
Roberto Ferreira Dias foi preso por mentir à CPI
atualizado
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Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde que foi preso por mentir à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (7/7), descumpriu o prazo inicial para enviar informações ao MPF sobre a compra da Covaxin.
Em 5 de abril, o MPF no Distrito Federal enviou um ofício à pasta solicitando informações sobre o provável atraso e descumprimento de contrato para a compra da vacina Covaxin. Participaram do processo, previsto em R$ 1,6 bilhão, as empresas Bharat Biotech e a Precisa Medicamentos. O MPF deu um prazo de dez dias para receber as respostas.
Às 20h27 do nono dia, em 14 de abril, Roberto Ferreira Dias pediu mais dez dias, sob a justificativa de que o Departamento de Logística era “uma das áreas mais demandadas desta pasta“, citando o combate à pandemia e aquisições de vacinas.
Uma semana antes de cobrar respostas do Ministério da Saúde, a Procuradoria havia colhido o depoimento do servidor do ministério Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda. O funcionário afirmou aos procuradores que havia sofrido pressões atípicas para acelerar a contratação da Covaxin.
Alvo da CPI da Covid, o processo de compra da Covaxin está suspenso desde a semana passada, por ordem da Controladoria-Geral da União. Antes dessa decisão, o Ministério da Saúde já havia recomendado por duas vezes a interrupção do contrato, sem sucesso.