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Ex de Bolsonaro usa o nome do presidente para se beneficiar, diz ex-empregado da família

Ana Cristina Valle foi convocada pela CPI da Pandemia para explicar relação com lobista Marconny Faria

atualizado

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Ana Cristina Valle
1 de 1 Ana Cristina Valle - Foto: Reprodução

A advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro e mãe de Jair Renan Bolsonaro, quarto filho do presidente, foi acusada pelo empregado doméstico Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, ex-funcionário da família durante 14 anos, de usar o nome de Bolsonaro em Brasília para se beneficiar. Marcelo deu entrevista à coluna no último dia 2.

Na quarta-feira (15/9), Ana Cristina foi convocada pela CPI da Pandemia para explicar sua relação com o lobista Marconny Faria.

“Ela foi para Brasília na intenção de tipo assim, ser lobista, né? De querer mostrar para os outros que ela tinha grande influência, de querer ficar arrumando coisa para os outros. Ela usa o status, a influência, a imagem do Jair Renan, de mãe do filho do Bolsonaro. Ela faz questão de usar ‘Cristina Bolsonaro’ para se promover, manter o status de ex-mulher do presidente”, afirmou Marcelo à coluna na entrevista.

Segundo o ex-funcionário do clã Bolsonaro, o presidente resistiu a “abrir portas” na capital federal para Ana Cristina.

“Ela não tem influência nenhuma, tanto que quando ela foi para Brasília, eu fiquei sabendo de pessoas próximas a ele [Bolsonaro], que eu tenho contato, que ele falou que todas as portas que ele tem acesso em Brasília estariam fechadas pela ela, que ela não ia ficar usando o nome dele para beneficiar ninguém nem se beneficiar.”

Nessa entrevista, Marcelo acusou supostos crimes de Ana Cristina, do senador Flávio Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro. Segundo Marcelo, a ex-mulher do presidente comandou o esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro antes de o ex-policial Fabrício Queiroz ser contratado para a função. Ana Cristina também colocou a mansão em que mora em Brasília com Jair Renan em nome de laranjas, ainda segundo o ex-funcionário.

Mensagens em posse da CPI mostram contatos entre Marconny e Ana Cristina para tratar de indicações a cargos no governo Bolsonaro. Em depoimento aos senadores na quarta-feira (15/9), o suposto lobista da Precisa Medicamentos admitiu que é próximo de Jair Renan Bolsonaro, filho de Ana Cristina com Jair Bolsonaro. Marconny afirmou que comemorou seu aniversário no camarote de Jair Renan, no Estádio Nacional de Brasília, e jantou com ele e Ana Cristina.

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