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Ex-comandante da FAB suspendeu Twitter após ataques de bolsonaristas

Ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior prestou depoimento à Polícia Federal

atualizado

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Forças Armadas O tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, foi impedido pela Comissão de Ética Pública de assumir um cargo em uma empresa de materiais bélicos e de defesa.
1 de 1 Forças Armadas O tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, foi impedido pela Comissão de Ética Pública de assumir um cargo em uma empresa de materiais bélicos e de defesa. - Foto: Reprodução MREB-Brasil

O ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior, afirmou à Polícia Federal (PF) que precisou suspender sua conta no Twitter após receber milhares de ataques de bolsonaristas pedindo um golpe de Estado. Em depoimento em 17 de fevereiro, o brigadeiro relatou que a ofensiva aconteceu nos últimos dias de governo Bolsonaro, após a vitória de Lula nas urnas.

O auge dos ataques aconteceu em 29 de dezembro de 2022. Segundo Baptista, os comentários cobravam explicitamente um golpe de Estado. Foi acusado de “ter traído o povo brasileiro por não ter aderido à tentativa de golpe de Estado”.

Após Baptista ter defendido na rede social o respeito aos princípios democráticos e à decisão da maioria, recebeu “milhares de ataques virtuais” e bloqueou os comentários. Depois, precisou suspender sua conta no Twitter.

No dia seguinte, Jair Bolsonaro deixaria o país, uma estratégia para não passar a faixa presidencial a Lula em 1º de janeiro e seguir questionando a eleição sem qualquer prova de irregularidades.

A investigação aponta que partiu do general Braga Netto, ex-vice na chapa de Bolsonaro e ex-ministro da Defesa, uma ordem para que Baptista Junior fosse atacado nas redes sociais. “Senta o pau no Batista Junior [sic]. Povo sofrendo, arbitrariedades sendo feita [sic] e ele fechado nas mordomias. Negociando favores. Traidor da pátria. Daí para frente. Inferniza a vida dele e da família. Elogia o Garnier e fode o BJ [Baptista Junior]”, escreveu Braga Netto ao coronel Ailton Barros, também alvo da PF.

Durante o governo Bolsonaro, Baptista Junior vinha dando sinais públicos no Twitter de apoio ao então presidente, o que viola regras militares. O chefe da Aeronáutica curtiu posts com conteúdos golpistas; racistas; mentirosos; de Bolsonaro se exaltando em uma motociata; atacando Lula; e até de uma mulher atirando e gritando: “Bolsonaro!”.

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