Ex-chefe de Polícia do RJ ficaria com R$ 1 mi por morte de bicheiro, aponta MP
O candidato do PL do Rio à Câmara dos Deputado, segundo o MP do Rio, seria o intermediário do assassinato; ouça áudios
atualizado
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O ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowski, preso nesta sexta-feira (9/9), iria ficar com R$ 1 milhão pela morte do bicheiro Rogério de Andrade, apontam as investigações do Ministério Público do estado.
O candidato do PL do Rio à Câmara dos Deputado, segundo o MP do Rio, seria o intermediário do assassinato. Turnowski atuava como um agente duplo e colhia informações de Rogério de Andrade para passar para o bicheiro Fernando Iggnácio, morto em 2020.
Também de acordo com o MP, o delegado Maurício Demétrio, preso em 2021 por cobrar propina de comerciantes, e o delegado Marcelo Araújo planejaram durante meses, em 2016, a morte de Rogério de Andrade. O interessado no crime seria Jorge Luiz Fernandes, o “Jorginho”, um dos parceiros de Andrade, que não queria devolver um dos pontos do jogo do bicho para o chefe.
“Maurício Demetrio e Marcelo estabelecem o valor a ser pago por Jorginho para providenciarem a execução de Rogério de Andrade: R$3.000.000,00 (três milhões de reais), a serem divididos em partes iguais por Maurício Demétrio, Marcelo e Allan Turnowski”, descreveram os procuradores no documento, a partir das interceptações feitas na investigação.
Ouça o áudio em que Maurício Demetrio combina o valor pelo assassinato de Rogério de Andrade:
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A função de Turnowski junto da dupla era negociar o crime com “Jorginho”. O valor de R$ 3 milhões pelo crime foi acertado por Demetrio e Marcelo, mas seria repassado ao interessado pelo ex-chefe de Polícia Civil.
Segundo dados obtidos pelo MP do Rio, em uma das situações, ainda em 2016, “Jorginho” estava com medo de ser morto por Rogério de Andrade devido a um desentendimento. “Jorginho” recorreu a Turnowski, que, na função de agente duplo, tinha uma boa relação com Andrade e poderia intervir caso o bicheiro estivesse planejando matar “Jorginho”.