Um relatório divulgado nesta quinta-feira (28/10) pela consultoria Eurasia aponta que Sergio Moro não será favorito no grupo de candidatos que tentam se viabilizar como uma opção de terceira via na eleição presidencial de 2022. O ex-juiz deve entrar na corrida eleitoral após se filiar ao Podemos no dia 10 de novembro.

Na análise enviada para clientes, a Eurasia diz que Moro “certamente adicionará ainda mais drama para a campanha das eleições de 2022”, mas ressalta que a influência do ex-juiz sobre o cenário eleitoral é “menor do que parece”.

A consultoria entende que Moro iniciará a campanha com uma base de votos relativamente pequena e com uma alta rejeição, fruto das revelações feitas pela Vaza Jato e da briga que o ex-juiz teve com Jair Bolsonaro. A credencial de Moro contra a corrupção também parece ter perdido brilho nos últimos anos, segundo a Eurasia.

“Muitos [dos candidatos da terceira via] irão abrir mão de suas campanhas e apoiar o nome mais competitivo do campo centrista. Moro pode ser esse candidato, mas suas credenciais políticas não fazem com que ele seja o favorito para liderar uma frente única — portanto, é possível que ele saia da disputa e apoie um nome diferente”, diz o relatório.

Para que um candidato de terceira via avance ao segundo turno, a popularidade de Bolsonaro teria de derreter com a alta da inflação, a recessão econômica e a crise energética. A Eurasia entende que a perda de apoio nessa proporção é improvável e estipula em 20% a chance de uma terceira via passar do primeiro turno.

No mesmo relatório, a Eurasia destaca que uma eventual candidatura de Rodrigo Pacheco dificilmente decolaria antes do início das propagandas políticas na televisão, previsto para setembro de 2022. A consultoria também aponta que a maioria dos tucanos consultados pelo grupo asseguram que Eduardo Leite vencerá João Doria nas prévias do PSDB.

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