Estudo de Michigan não encontra fraude em atas da oposição venezuelana
Especialista em detecção de fraudes eleitorais analisou as atas da oposição venezuelana, que apontam maioria de votos para González
atualizado
Compartilhar notícia
Um estudo do pesquisador Walter Mebane, da Universidade de Michigan, especialista em detecção de fraudes eleitorais, não encontrou evidências de fraude nas atas de votação divulgadas pela oposição da Venezuela.
Entre os dados dessas atas, que totalizam 81,7% das atas eleitorais da eleição venezuelana e 24.532 mesas de votação, o candidato de oposição, Edmundo González, teve 7,1 milhões de votos contra 3,2 milhões do ditador do país, Nicolás Maduro, dentro de um total de 10,6 milhões de votos.
Em seu estudo, Mebane utilizou ferramentas estatísticas de perícia eleitoral. Sua avaliação apontou que, do total de 24,5 mil mesas de votação abrangidas pelas atas divulgadas pela oposição, apenas duas podem ter sido alvo de fraude — ou seja, uma quantia de votos pequena.
Ainda assim, o intervalo de credibilidade de 99,5% do estudo não permite afirmar que tenha ocorrido fraudes nessas duas mesas.
O estudo do pesquisador compara os resultados das atas da oposição venezuelana com outras eleições no país entre 2000 e 2013. Ele conclui que as eleições de 2024, conforme as atas analisadas, são as que têm menor probabilidade de terem sido fraudadas.
Apesar da pressão internacional, as atas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que reconheceu vitória de Nicolás Maduro, ainda não foram divulgadas.
Presidente do CNE, Elvis Amoroso afirmou que entregou nesta segunda-feira (5/8) as atas de eleição na Venezuela ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
Receba o conteúdo da coluna no seu WhatsApp