Estádio do Flamengo: Caixa está “dialogando” sobre valor do terreno
Flamengo quer pagar R$ 250 milhões, mas Caixa entende que local do terreno pode ser mais valorizado
atualizado
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A Caixa Econômica Federal não tem prazo definido para apresentar ao Flamengo o valor do terreno que o clube quer comprar na zona central do Rio de Janeiro para construir o seu estádio. Na semana passada, no dia 27 de maio, representantes de ambos os lados, assim como da prefeitura carioca, reuniram-se para debater o assunto.
Após o encontro, o deputado federal Pedro Paulo, que representou a prefeitura, disse que a Caixa deu o prazo de três dias para apresentar valores. Já o prefeito Eduardo Paes chegou a dizer que, se o banco não colaborar, ele pode até desapropriar a área.
O Flamengo está disposto a pagar R$ 250 milhões e a Prefeitura irá enviar à Câmara dos Vereadores um projeto para transferir o potencial construtivo da Gávea para outras áreas da cidade. Assim, o Flamengo poderá arrecadar valores que o ajudarão a ter recursos para pagar a conta.
Pois bem: o prazo venceu e, segundo dirigentes da Caixa, a proposta “está em construção” e estão “dialogando”. Mas nenhuma data definitiva foi confirmada para que uma proposta seja apresentada. E tampouco há uma nova reunião agendada.
Como a coluna mostrou, apesar de o terreno ter 87 mil metros quadrados, o banco, que gere o fundo de investimentos proprietário do local, pode comercializar mais de 600 mil metros quadrados.
Isso porque a Caixa controla todos os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac) do Porto Maravilha. O documento é vendido às construtoras para que elas ergam empreendimentos com o gabarito maior do que o estabelecido. Naquela região podem ser erguidos prédios de até 50 andares.