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Escritor é atacado por defender desculpas de Portugal por escravidão

Historiador afirmou que pedido de perdão em relação à escravatura seria benéfico para Portugal

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1 de 1 csm_ana_laurentino_Na_Baia_de_Luanda_51f05a52aa - Foto: Divulgação

O jornalista e escritor Laurentino Gomes foi alvo de ataques de internautas, principalmente portugueses, após dizer que Portugal deveria pedir desculpas pela escravidão de povos africanos. Laurentino é autor de uma trilogia sobre a história da escravidão no Brasil.

O jornalista afirmou no sábado (14/8) que “um pedido de perdão em relação à escravatura seria muito benéfico para Portugal porque seria libertador, seria um passo importante de reconciliação” . Também disse que, quando Lula foi ao Senegal, pediu desculpas em nome do Brasil, mas que o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, não considera essa hipótese.

A fala repercutiu em alguns veículos da imprensa portuguesa, e internautas criticaram e atacaram o escritor. Alguns afirmaram que a escravidão ficou no passado e que os portugueses não fazem o mesmo nos dias atuais.

“Idiotice… O mundo inteiro usou escravos durante milênios em todos os continentes. Felizmente, esta fase acabou. Ponto. Evoluímos. De resto, é ele se tratar com uma psicóloga para curar os seus traumas”, atacou um internauta.

“Este pseudo-historiador deve ter sido forçado, na infância dele, a lavar seu prato, ou a limpar seu quarto, ou fazer sua cama e isto deixou-lhe marcas! Coitadinho, peça para seus pais pedirem desculpas por terem tentado educar-te. Sem sucesso”, afirmou outro.

Nesta segunda-feira, Laurentino disse nas redes sociais ter ficado surpreso com a reação dos internautas: “Surpreendeu-me a reação de alguns portugueses à minha sugestão à @Visao_pt (veículo português) de que Portugal deveria reconhecer o seu papel na escravatura e pedir perdão às vítimas dessa imensa tragédia humanitária. Fui alvo de comentários agressivos, incluindo injúrias e ameaças nas redes sociais”.

O historiador reafirmou sua posição, dizendo que a escravatura ainda é uma ferida aberta e que “um pedido de perdão em nada diminuiria a grandeza de Portugal”.

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metropoles.comGuilherme Amado

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