metropoles.com

Entrada do PCC na Flórida fez EUA enviarem missão ao Brasil

Subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos esteve em São Paulo para trocar informações sobre o PCC com o Ministério Público

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
MPSP/Divulgação
PM Imagem colorida mostra a fachada do prédio do Ministério Público de São Paulo (MPSP). O prédio é em pedras cinzas com portas pretas - Metrópoles
1 de 1 PM Imagem colorida mostra a fachada do prédio do Ministério Público de São Paulo (MPSP). O prédio é em pedras cinzas com portas pretas - Metrópoles - Foto: MPSP/Divulgação

A tentativa do PCC de expandir sua atuação para a região sul dos Estados Unidos, com foco especial para a Flórida, motivou a vinda do subsecretário do Departamento do Tesouro daquele país para uma reunião com representantes do Ministério Público de São Paulo, no dia 17 agosto.

Brian Nelson liderou a equipe de seis autoridades do governo americano que se encontrou com os promotores de São Paulo. O objetivo era estabelecer pontes para trocar informações sobre as atividades da facção criminosa.

O MPSP trata como prioridade a asfixia financeira do PCC, o que envolve a identificação dos negócios da facção e o combate à internacionalização dos crimes.

11 imagens
Criado em outubro de 1993, o PCC foi fundado como uma espécie de “sindicato” de criminosos. O objetivo era impedir que massacres como o do Carandiru fossem repetidos. Além dos mais, buscavam uma aliança dos presos contra o inimigo comum: o sistema. As informações são descritas no livro PCC: A Facção (Editora Record), de Fátima Souza
Segundo consta na obra, o PCC se formou após um jogo de futebol entre presos que cumpriam pena no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (SP), também conhecido como Piranhão. Na ocasião, a equipe que saiu vencedora matou brutalmente o criminoso que comandava a prisão e o subdiretor da instalação
A partir disso, os presos se uniram em uma irmandade para enfrentar as autoridades, o estado e exigirem que os direitos humanos fossem respeitados
Com o tempo, o número de membros da facção começou a aumentar e o PCC evoluiu para um “novo patamar”. Além de atuarem por todo o Brasil, especialmente em São Paulo, o grupo criminoso expandiu a atuação para países próximos, como Venezuela, Bolívia, Paraguai e Colômbia
Além disso, com a expansão, o PCC passou a criar regras de conduta e até legislação própria. No estatuto da facção criado em 2001, mais especificamente no item 7 do documento, está previsto que integrantes que estejam livres devem ajudar os demais membros. Caso não o façam, serão condenados à morte “sem perdão”
1 de 11

Considerado por muitos a maior facção criminosa do Brasil e da América do Sul, o Primeiro Comando da Capital (PCC) é composto por mais de 30 mil membros, segundo apuração da Polícia Federal (PF)

DIVULGAÇÃO/IMAGEM ILUSTRATIVA
2 de 11

Criado em outubro de 1993, o PCC foi fundado como uma espécie de “sindicato” de criminosos. O objetivo era impedir que massacres como o do Carandiru fossem repetidos. Além dos mais, buscavam uma aliança dos presos contra o inimigo comum: o sistema. As informações são descritas no livro PCC: A Facção (Editora Record), de Fátima Souza

Wilson Dias/Agência Brasil
3 de 11

Segundo consta na obra, o PCC se formou após um jogo de futebol entre presos que cumpriam pena no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (SP), também conhecido como Piranhão. Na ocasião, a equipe que saiu vencedora matou brutalmente o criminoso que comandava a prisão e o subdiretor da instalação

Mikhail Pivikov / EyeEm/ Getty Images
4 de 11

A partir disso, os presos se uniram em uma irmandade para enfrentar as autoridades, o estado e exigirem que os direitos humanos fossem respeitados

Sam Scholes/ Getty Images
5 de 11

Com o tempo, o número de membros da facção começou a aumentar e o PCC evoluiu para um “novo patamar”. Além de atuarem por todo o Brasil, especialmente em São Paulo, o grupo criminoso expandiu a atuação para países próximos, como Venezuela, Bolívia, Paraguai e Colômbia

Witthaya Prasongsin/ Getty Images
6 de 11

Além disso, com a expansão, o PCC passou a criar regras de conduta e até legislação própria. No estatuto da facção criado em 2001, mais especificamente no item 7 do documento, está previsto que integrantes que estejam livres devem ajudar os demais membros. Caso não o façam, serão condenados à morte “sem perdão”

Paul Bradbury/ Getty Images
7 de 11

O modelo organizacional da facção, inclusive, passou a ser utilizado como inspiração para a criação de estatutos de outras organizações criminosas

iStock
8 de 11

Em 2016, após o assassinato de Jorge Rafaat, conhecido como o rei da fronteira com o Paraguai, o PCC assumiu o controle da região e se tornou o primeiro cartel internacional de drogas sediado no Brasil

halbergman/ Getty Images
9 de 11

Além do tráfico de drogas e de armas, o PCC tem como métodos assassinatos, lavagem de dinheiro, extorsão, sequestro, roubo a bancos e cargas, propina etc.

Getty Images
10 de 11

Não é possível estipular o lucro anual dos criminosos. No entanto, segundo levantamentos da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo, o PCC alcançou nos últimos anos faturamento bilionário, cifra equivalente a de multinacionais

DIVULGAÇÃO/PM
11 de 11

Em 2019, a MOV.doc lançou uma série sobre a origem, ascensão e quedas das lideranças do PCC. Com quatro episódios, a obra aborda como a facção brasileira se tornou internacional

MOV/Reprodução

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?