Empresário investigado por bancar golpistas no QG doou para Bolsonaro
A pedido da Polícia Civil do Distrito Federal, CPI dos Atos Antidemocráticos convocou e quebrou sigilos de empresário bolsonarista
atualizado
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O empresário Adauto Lucio Mesquita, investigado por financiar o acampamento golpista em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, doou R$ 10 mil à campanha de Jair Bolsonaro no ano passado. Mesquita vai depor na próxima terça-feira (4/4) à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, que a pedido da Polícia Civil quebrou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Mesquita é um empresário do ramo atacadista no Distrito Federal. No fim do ano passado, ele financiou o acampamento golpista e postou vídeos convocando pessoas ao movimento que pedia um golpe militar, segundo um relatório da Polícia Civil encaminhado à CPI. A polícia apura ainda se Mesquita comprou água, alimentos e lonas para o acampamento.
A polícia apontou “indícios suficientes” de que Mesquita financiou os atos golpistas desde o começo, quando Bolsonaro foi derrotado por Lula nas urnas em 30 de outubro de 2022. O delegado à frente do caso ressaltou que a manifestação extremista resultou em pelo menos três eventos graves contra à democracia.
O primeiro foi em 12 de dezembro, quando bolsonaristas tentaram invadir a sede da PF e incendiaram ônibus no centro da capital federal. O seguinte, uma tentativa de atentado a bomba perto do aeroporto de Brasília em 24 de dezembro. O terceiro foram os atos terroristas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram saqueadas.
No pedido de convocação de Mesquita, o presidente da CPI, o deputado petista Chico Vigilante, citou a informação de que o empresário e o sócio, Joveci Andrade, contrataram um trio elétrico nos atos golpistas do 8 de janeiro. Andrade também teve os sigilos quebrados e será obrigado a se explicar à CPI na próxima terça-feira (4/4).