Empresa pede apreensão em imóvel de ministro por dívida de campanha
Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha é cobrado por dívida de campanha de R$ 2,4 milhões; Padilha não comenta
atualizado
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O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi alvo no mês passado de um pedido à Justiça para que o apartamento da Câmara que ele ocupa tivesse bens apreendidos para pagar uma dívida da campanha de 2014. Ainda não há decisão sobre o caso, que tramita no Tribunal de Justiça de São Paulo.
A solicitação foi feita no mês passado pela agência Analítica, Amaral & Associados. Em dezembro, a empresa conseguiu que a Justiça autorizasse o bloqueio de valores de uma conta bancária do ministro, como informou a coluna. Isso aconteceu depois que o PT assumiu a dívida de forma solidária, mas não honrou o compromisso.
A empresa prestou serviços de assessoria de imprensa para Padilha durante a eleição para o governo de São Paulo em 2014. O contrato da Analítica com a campanha petista previa o pagamento de R$ 1,65 milhão, dos quais apenas R$ 900 mil, cerca da metade, foram quitados. O valor atualizado da dívida é de aproximadamente R$ 2,4 milhões.
Em abril, a agência pediu que a Justiça autorizasse a penhora dos bens do apartamento funcional da Câmara em que o ministro mora, em Brasília. Padilha é deputado federal licenciado. A Analítica também defendeu em maio para penhorar 30% dos salários de Padilha na Câmara e na universidade Uninove, onde ele era professor de medicina até o ano passado.
Padilha rebateu a solicitação no último dia 16, alegando que a empresa busca constrangê-lo publicamente. “Tenta criar uma situação perante a imprensa de que o executado, que desempenha função de ministro de Estado, teve uma busca e apreensão efetuada em sua residência”, disse a defesa do ministro, que classificou o pedido à Justiça de “absolutamente inócuo e ilegal”. O ministro também informou que todos os 51 bens no apartamento funcional de deputado, como camas, mesas e máquinas, pertencem à Câmara.
Procurado, o ministro Alexandre Padilha não respondeu.