Emenda que ressarce viagens de ministros é assunto proibido no governo
Governo encomendou emenda à LDO que ressarce viagens de ministros com dinheiro público, mas ninguém quer assumir a paternidade da proposta
atualizado
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A paternidade da emenda que destina dinheiro público para bancar viagens semanais de ministros para bases eleitorais virou assunto proibido no Palácio do Planalto. Ninguém quer assumir a autoria da proposta.
A apresentação da emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi encomendada pelo governo Lula. Coube ao líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, a tarefa de assinar o texto.
Comenta-se que a emenda teve amplo apoio entre os ministros da Esplanada, sobretudo entre aqueles que tinham mandatos parlamentares e podiam voar para suas bases eleitorais com o dinheiro do Congresso, mas nenhum assume que foi consultado ou que participou da elaboração da proposta.
Ministros passaram a usar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocarem às sextas-feiras para suas bases eleitorais e, assim, emendar o fim de semana de folga em suas cidades de origem. O salário pago a um ministro é de R$ 41.650 e, a partir de fevereiro de 2024, chegará a R$ 44 mil.