Em reunião de chapa, Haddad se queixa de exigências feitas pelo PSol
O PSol tem dificultado a escolha do vice de Fernando Haddad ao exigir um espaço maior na construção da chapa ao governo de São Paulo
atualizado
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O petista Fernando Haddad se queixou das exigências feitas pelo PSol em uma reunião recente com aliados da chapa que disputará o governo de São Paulo. Haddad disse a dirigentes do PT e do PSB que não agiu errado com o PSol em nenhum momento e que o acordo feito com o partido de esquerda não previa participação em cargo majoritário.
O ex-presidente Lula negociou a retirada da candidatura de Guilherme Boulos ao governo estadual e, em troca, ofereceu o apoio do PT na campanha do líder do movimento sem-teto para a prefeitura de São Paulo em 2024.
Na reunião, segundo relatos dos presentes, Haddad disse que teria feito o acordo de outra maneira, já que gostaria de opinar na eleição municipal em caso de vitória no pleito estadual. O petista ponderou, contudo, que respeitava os termos negociados por Lula.
O PSol ameaça não aderir à campanha de Haddad se não ficar com a vice e diz que poderá lançar um candidato ao Senado de forma independente, o que contraria os interesses do PT e do PSB. Os psolistas querem indicar Juliano Medereiros, presidente do partido, para uma das posições.
O PT tem até o dia 5 de agosto para definir o vice de Haddad. A direção estadual da sigla descarta ceder a vaga ao PSol por entender que o partido de esquerda não agregaria nenhum voto para além dos que o petista já tem.
O candidato ao Senado apoiado por Haddad será o pessebista Márcio França, que desistiu de concorrer ao governo de São Paulo.