Em meio a denúncias sobre Marçal e PCC, Tabata contrata ex-chefe da PF
Campanha de Tabata Amaral contratou empresa de Rogério Galloro, que chefiou a PF no governo Michel Temer
atualizado
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Em meio às denúncias que tem feito sobre supostas ligações entre o Primeiro Comando da Capital (PCC), Pablo Marçal e aliados dele, Tabata Amaral contratou os serviços da empresa de um ex-diretor da Polícia Federal à sua campanha à Prefeitura de São Paulo.
A Rogério Galloro Consultoria, do ex-diretor da PF Rogério Galloro, cobrou R$ 13,7 mil da campanha da candidata do PSB por serviços de “consultoria em segurança corporativa”. O pagamento foi feito em 19 de agosto.
A coluna consultou a campanha de Tabata Amaral sobre quais foram, exatamente, as atividades prestadas pelo ex-chefe da PF. A assessoria de imprensa informou que se trata de uma consultoria, e não escolta, e que não forneceria mais detalhes por questões de segurança.
Neste domingo (1º/9), Tabata publicou um novo vídeo com denúncias contra Marçal. Ela apareceu na peça com ares de investigadora e lembrou suspeitas de lavagem de dinheiro sobre o candidato do PRTB. O vídeo fez um paralelo entre o ex-coach e seu xará Pablo Escobar, megatraficante colombiano que chefiou o Cartel de Medellín entre o fim da década de 1980 e o começo dos anos 1990. “São Paulo não vai virar San Pablo”, ironizou.
Rogério Galloro, conforme mostrou a coluna, aposentou-se como delegado da PF em abril deste ano. A empresa de consultoria dele foi aberta em 16 de maio, com um capital social de R$ 100 mil. A firma tem Galloro e a mulher dele, Maria José Trento Galloro, como sócios.
Além da “segurança corporativa”, área em que Tabata contratou a empresa, a Rogério Galloro Consultoria atua nos setores de cibersegurança; investigação e perícia; governança, risco e compliance; relações institucionais e governamentais; e cooperação internacional.
Galloro foi escolhido diretor-geral da PF em março de 2018 pelo então presidente Michel Temer, em substituição a Fernando Segóvia, que havia acumulado polêmicas em apenas três meses no cargo, sobretudo por indicar em uma entrevista que investigações contra o presidente tendiam ao arquivamento.
Galloro não seguiu no posto no governo Bolsonaro e foi substituído por Maurício Valeixo, delegado de confiança do então ministro da Justiça, Sergio Moro.
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