Em meio a briga e boicote bolsonarista, general do PL tem vice do PSD
Ex-diretor de Itaipu e ex-presidente da Petrobras sob Bolsonaro, general Silva e Luna tem companheiro de chapa do PSD
atualizado
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O boicote pregado por bolsonaristas contra nomes do PSD nas eleições municipais, por causa da postura do partido em relação ao impeachment de Alexandre de Moraes, colocou em uma saia justa um general que integrou o governo Jair Bolsonaro.
Joaquim Silva e Luna, candidato a prefeito de Foz do Iguaçu, tem como vice Ricardo Alves Nascimento, o Ricardinho, filiado ao PSD.
O diretório paranaense do partido de Kassab, diga-se, contribuiu financeiramente com a campanha do general: R$ 480 mil do fundo eleitoral do PSD foram destinados ao cofre do candidato. A direção nacional do PL aportou R$ 1,8 milhão na campanha.
No governo Jair Bolsonaro, Silva e Luna ocupou direção-geral de Itaipu e a presidência da Petrobras. Embora tenha defenestrado o general da petrolífera em razão dos preços de combustíveis em 2022, Bolsonaro ainda o tem em alta conta. No final de agosto, o ex-presidente esteve em Foz do Iguaçu em eventos de apoio a Silva e Luna.
Como mostrou a coluna, o general foi alvo de uma denúncia na Ouvidoria de Itaipu para que devolva mais de R$ 200 mil aos cofres públicos.
A denúncia se baseou em uma matéria publicada pela “Folha de S.Paulo” em 2020. A reportagem revelou que Luna autorizou a bonificação de 2,8 salários a ele e aos outros diretores, no final de 2019. O general recebeu R$ 221 mil a mais e os demais R$ 212,8 mil cada. A soma total do gasto extra foi de R$ 1,3 milhão apenas para os seis diretores. Os valores, por serem bonificações, não tiveram desconto do Imposto de Renda.
O general foi notificado extraoficialmente pela empresa para que devolva os valores que recebeu de forma supostamente indevida.
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