Em 2020, Bolsonaro cortou gastos do governo com antivírus
Na última semana, mais de 20 órgãos do governo foram atingidos pelos hackers que invadiram o Ministério da Saúde
atualizado
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Jair Bolsonaro cortou gastos do governo federal com antivírus no ano passado. Hoje, sua gestão enfrenta uma ampla invasão hacker, que ainda mantém sites e sistemas federais fora do ar, como o ConecteSUS, que comprova a vacinação da Covid.
Em uma live em janeiro de 2020 com o ministro do Turismo, Gilson Machado, Bolsonaro anunciou que o ministério passaria a usar um antivírus de R$ 1.500 em vez do vigente na época, que custava R$ 120 mil.
Na transmissão ao vivo, o presidente mostrou o corte de gastos como um feito exemplar do governo e, de maneira irônica, debochou do preço do antivírus.
“R$ 120 mil para manter vírus longe do computador do Ministério do Turismo. R$ 120 mil por mês. Agora é R$ 1.500”, disse Bolsonaro em 23 de janeiro de 2020.
A Embratur, ligada ao Ministério do Turismo e que sofreu com o corte de proteção digital, foi um dos órgãos afetados pelo ataque hacker ocorrido da última semana. O portal do Ministério da Saúde segue fora do ar há mais de uma semana. Mais de vinte órgãos do governo federal também foram atingidos pelo ataque, segundo investigação da Polícia Federal.
Em 2020, o ministério de Marcelo Queiroga já havia sido alvo de um vazamento de dados causado por ataques hackers.