Eleitor vai cobrar preço de Moro e Doria por apoio a Bolsonaro; análise
Qual será o preço que o eleitor vai cobrar no ano que vem de Sergio Moro e João Doria por terem apoiado Jair Bolsonaro?
atualizado
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Qual será o preço que o eleitor vai cobrar no ano que vem de Sergio Moro e João Doria por terem apoiado Jair Bolsonaro? Neste Diagnóstico, quadro de análises em vídeo da coluna, lembro a relação de ambos com o presidente e o desafio que terão para explicá-la a um eleitorado maciçamente antibolsonarista (hoje, entre 70% e 75% do eleitorado não têm no presidente seu candidato).
Doria, a exemplo de Eduardo Leite, apoiou explicitamente Bolsonaro na campanha de 2018 e nos primeiros meses de governo. Os dois fizeram dobradinha com o presidente para se elegerem governadores, sob os nomes de Bolsodória e Bolsoleite. O eleitor vai ser lembrado disso.
O apoio de Moro foi mais discreto, com a divulgação de parte da delação de Antonio Palocci na campanha, gerando fatos negativos contra o PT, e depois passando a integrar seu governo por um ano e quatro meses como um dos mais destacados ministros. Viu o presidente ser populista, homofóbico, conivente com os atos de corrupção em sua família, negacionista, e nada fez. Também não se sabe como o eleitor lembrará disso.
A favor deles, Doria, Leite e Moro têm o fato de que boa parte desses eleitores que hoje rejeitam Bolsonaro também votou nele em 2018, como os três. Talvez vejam neles mais um espelho do que alguém a ser cobrado.
Assista aqui à íntegra do Diagnóstico. Ou ouça no Spotify.