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“Eleições ocorrerão normalmente”, afirma Augusto Aras a empresários

Procurador-geral da República, Augusto Aras disse a empresários e advogados que tensões atuais são “normais na democracia”

atualizado

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1 de 1 Augusto-Aras - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O procurador-geral da República, Augusto Aras, destoou de Jair Bolsonaro em um almoço com empresários e advogados, em São Paulo, nesta terça-feira (17/5). Segundo Aras, as tensões pelas quais o Brasil passa são “normais na democracia”, e o Ministério Público Eleitoral está atento aos ataques contra a democracia e à propagação da desinformação.

“As eleições ocorrerão normalmente. As tensões são normais na democracia. O Ministério Público Eleitoral e a Justiça Eleitoral estarão atentas a ataques contra a democracia, bem como atuantes no combate às fake news”, afirmou.

Aras defendeu sua atuação na PGR, acusada de ser leniente com possíveis crimes cometidos por Jair Bolsonaro.

“O MP não pode escrever a todo momento uma nova Constituição nem novas leis, como alguns defendem. Alguns querem fazer a lei do seu próprio modo.”

O almoço é organizado pelo grupo Esfera, que promove encontros entre a iniciativa privada paulista e autoridades.

Em discurso afinado para a Faria Lima, Aras concentrou parte de sua fala na atuação do Ministério Público Federal em temas econômicos. O magistrado frisou que o MPF “não é simplesmente punitivo”, e que pretende priorizar acordos e “defender uma economia que permita a existência da iniciativa privada livre e de mercado aberto”.

“O MP não pode ser o motoqueiro que atrapalha o trânsito. A sociedade privada produtiva é mais rica que o próprio Estado e precisamos fazer com que as instituições públicas participem do processo de desenvolvimento econômico, como o MP vem fazendo”, afirmou.

O PGR também ressaltou sua atuação no combate a crimes praticados por autoridades cujo foro compete a ele investigar, como deputados, senadores ou ministros de tribunais superiores. Sem esmiuçar números, Aras disse que está “investigando ou punindo quase 400 nomes com foro privilegiado”.

“Pedimos a punição de dois governadores que foram afastados e há mais quatro sendo investigados. Pedimos a abertura de oito inquéritos contra o presidente da República”, elencou.

Entre os convidados, estavam os advogados Nelson Willians, Pierpaolo Bottini e Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula. Também participaram os empresários Flávio Rocha, acionista da Riachuelo; José Olympio, ex-CEO da Credit Suisse; Vander Giordano, executivo da Multiplan; Fernando Marques, presidente da União Química; Isaac Sidney, presidente da Febraban; Meyer Nigri, dono da Tecnisa; Claudio Lottenberg, presidente do conselho do Hospital Albert Einstein.

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