Eduardo Bolsonaro vira sócio de empresa de vinhos que deve R$ 225 mil
Sediada em Macaé, a empresa que produz os vinhos com o rótulo Bolsonaro fechou sociedade com Eduardo Bolsonaro neste mês
atualizado
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A empresa que produz os vinhos do rótulo Bolsonaro foi intimada pela Justiça do Rio de Janeiro a quitar dívida ativa de R$ 225.238 com o Estado. A decisão judicial determina que a companhia terá bens penhorados se não zerar o passivo nem apresentar garantias para efetuar o pagamento.
O deputado Eduardo Bolsonaro comunicou, no último dia 11, que chegou a um acordo para ser sócio da empresa. Ele fez o anúncio por meio de um vídeo no Instagram.
Os vinhos com rótulo Bolsonaro são distribuídos pela Pacific Catering de Macaé Comércio de Produtos Alimentícios Eireli, sediada na cidade de Macaé e fundada em 2008. Júlio César da Costa Lemos, dono da empresa, anunciou em outubro de 2020 que venderia as bebidas em homenagem a Jair Bolsonaro.
A dívida ativa diz respeito a tributos estaduais que não foram pagos entre 2016 e 2017. A coluna entrou em contato com a diretoria da empresa para comentar o caso, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
No vídeo em que anunciou a sociedade, Eduardo Bolsonaro afirmou que a maioria dos vinhos vendidos pela empresa são provenientes do Chile.
O deputado não detalhou como será a participação na direção da companhia, mas, no último dia 16, levou uma garrafa da bebida aos EUA e a entregou para a deputada Marjorie Taylor Greene, uma extremista do Partido Republicano que defendia a execução de adversários políticos. Eles posaram para uma foto segurando o vinho.
A sociedade empresarial é mais uma tentativa da família Bolsonaro de lucrar com o capital político obtido desde 2018. Eduardo já comercializa cursos, calendários, canecas, camisetas e outros souvenirs com a imagem do pai.