Doria tenta projetar para o PSDB capacidade de fazer alianças em 2022
Em viagens pelo Brasil, Doria tem priorizado encontros com lideranças tucanas, mas busca reforçar laços com políticos de outras siglas
atualizado
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Uma foto de João Doria tirando uma selfie com o governador do Paraná, Ratinho Junior, do PSD, foi o mais recente passo da estratégia do tucano de mostrar para o PSDB que é capaz de aglutinar forças com lideranças pertencentes a outros partidos. A imagem foi publicada na sexta-feira (13/8) nas redes sociais de Doria, que está em Curitiba neste sábado (14/8) e participou de uma cerimônia em que o prefeito Rafael Greca, do DEM, lhe concedeu a maior honraria da cidade.
Doria começou a viajar pelo Brasil devido à disputa das prévias que escolherão o candidato do PSDB à Presidência, marcadas para o dia 21 de novembro. Em Curitiba, Doria jantou e tomou café da manhã com o ex-governador tucano Beto Richa. Ele ainda passou por Santa Catarina neste sábado, onde encontrou o ex-senador do PSDB Paulo Bauer e almoçou com o governador Carlos Moisés, que está sem partido desde que deixou o PSL.
A prioridade da equipe de Doria é organizar encontros com lideranças tucanas, mas novas reuniões com pessoas de outros partidos estão no radar.
No próximo final de semana, Doria irá ao Espírito Santo e ao Rio de Janeiro. Uma das agendas será com o governador capixaba, Renato Casagrande, do PSB, um dos poucos em seu partido a ainda se dizer favorável a uma terceira via para afastar os socialistas da candidatura de Lula à Presidência.
Nos dias 27 e 28, Doria faz sua primeira incursão ao Nordeste, com visitas ao Rio Grande do Norte e a Pernambuco. Por enquanto, os dias 3 e 4 de setembro serão reservados para encontros com lideranças em São Paulo.
Em julho, a coluna mostrou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vinha com a estratégia de tentar mostrar que teria mais alianças fora do PSDB do que Doria. Leite esteve em Salvador e divulgou um encontro com o presidente do DEM, ACM Neto, que teve uma briga com Doria no começo do ano, em meio à saída do vice paulista Rodrigo Garcia do DEM para o PSDB, para disputar no ano que vem o Palácio dos Bandeirantes.