Quem é a dona do hangar de avião do PCC apreendido
Polícia Civil apreendeu um avião do PCC no hangar da empresa no Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista
atualizado
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A Tucson Aviação, que teve em seu hangar um avião do Primeiro Comando da Capital (PCC) apreendido pela Polícia Civil de São Paulo na semana passada, soma dívidas de R$ 165 milhões com a União. A companhia e seu dono, Marco Antonio Audi, devem impostos tributários e previdenciários.
Segundo registros da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Marco Antonio Audi deve à União R$ 147,7 milhões em dívidas tributárias. A Tucson Aviação, por sua vez, tem dívidas de R$ 17,3 milhões, sendo R$ 13,6 milhões de natureza previdenciária.
No último dia 7, a Polícia Civil apreendeu um avião do PCC no hangar da Tucson no Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista. A Tucson é representante no Brasil da Robinson Helicopter Company, a maior fabricante de helicópteros do mundo. As investigações apontaram o uso de empresas de fachada e de laranjas para ocultar bens do PCC. O avião apreendido é operado pela Bimava Táxi Aéreo, que usava o hangar.
Como a coluna mostrou, o avião da facção criminosa pertence a uma empresa que foi alvo da Polícia Federal em julho, a Pablito Baena Castilho. Na ocasião, a PF investigou traficantes que usavam jatinhos para transportar bilhões de reais em cocaína para cartéis mexicanos.
A PF prendeu Ronald Roland, suspeito de lavar dinheiro do narcotráfico, incluindo o PCC. Procurado pela Interpol, Roland foi preso no Guarujá (SP) depois que sua esposa compartilhou a localização do casal nas redes sociais.
Questionados, Marco Antonio Audi e a Tucson não responderam. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.