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Distribuidora de “Bacurau” e “Aquarius”, Vitrine cria divisão de blockbusters

Além de filmes de arte, a empresa irá apostar também em filmes populares e no mercado de coproduções audiovisuais

atualizado

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Victor Jucá/Cinemascópio/Divulgação
Sônia Braga em Bacural
1 de 1 Sônia Braga em Bacural - Foto: Victor Jucá/Cinemascópio/Divulgação

Diante do cenário de precariedade das políticas culturais dos últimos anos, a Vitrine Filmes, distribuidora de obras como “Bacurau” e “Aquarius”, decidiu expandir seu catálogo de filmes e áreas de atuação. A distribuidora irá apostar em filmes populares e está entrando no mercado da coprodução audiovisual.

Felipe Lopes, diretor da Vitrine Filmes, disse à coluna que o processo de expansão já está sendo pensado desde 2018. “A coprodução nos permite ajudar produtores independentes em início de carreira que não encontram um cenário favorável no Brasil atual”, pontuou. Segundo ele, as produções independentes e “cults”, que são o foco principal da distribuidora, foram as mais impactadas com o rechaço das políticas de incentivo ao audiovisual.

Como forma de variar seu catálogo e o público alcançado, a empresa distribuirá as produções mais populares “Alemão 2” e “Nosso Sonho“. O primeiro é uma continuação do longa estrelado por Cauã Reymond que conta a história da ocupação da polícia no Complexo do Alemão em 2010. Já o segundo é uma cinebiografia da dupla de funk Claudinho e Buchecha. Os dois longas irão estrear no ano que vem.

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Capa da cinebiografia "Nosso Sonho".
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Gravação de Alemão 2, que conta com Vladimir Brichta e Leandra Leal no elenco.

Divulgação
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Capa da cinebiografia "Nosso Sonho".

Divulgação/Urca Filmes

“Os filmes independentes têm circuitos e exibições em lugares específicos, já os filmes populares são distribuídos em cinemas comerciais, como os de shopping, por exemplo. A Vitrine Filmes procura dialogar com esses dois públicos”, disse Lopes, que cita “Bacurau” como exemplo. O filme foi sucesso de bilheteria tanto em cinemas do circuito independente, quanto em franquias como Kinoplex e Cinemark.

Dados mostram que mesmo com a reabertura dos cinemas e com o avanço da vacinação, 95% da renda de exibição dos filmes distribuídos atualmente estão indo para os cinemas comerciais. O diretor da distribuidora explica que os cinéfilos, que compõem grande parte dos consumidores da distribuidora, ainda não voltaram a frequentar os cinemas específicos que exibem filmes independentes. Este é um dos motivos que fez a empresa avançar na distribuição de conteúdos em plataformas streaming.

“A gente já vinha distribuindo para todas as plataformas, mas a pandemia fez com que a gente desse uma atenção maior. No início foi uma questão de sobrevivência, mas depois vimos que é um modelo de negócio que faz sentido seguirmos”, explicou o diretor.

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metropoles.comGuilherme Amado

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