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Disputa por cadeiras no STF mira até vaga de Gilmar em 2030

Candidatos ao STF tentam se destacar sem ficar com fama de quem está “se vendendo”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
foto colorida da estátua da Justiça em frente ao STF
1 de 1 foto colorida da estátua da Justiça em frente ao STF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A disputa por vagas no Supremo Tribunal Federal (STF) não se limita à substituição de Ricardo Lewandowski em maio deste ano.

Os candidatos trabalham com um cenário em que Lula deve se reeleger ou fazer um sucessor. Isso significa que entrar na lista de cotados pode valer uma vaga até 2030, último ano do eventual segundo mandato.

Até lá, devem sair do Supremo Rosa Weber (outubro de 2023), Luiz Fux (abril de 2028), Cármen Lúcia (abril de 2029) e Gilmar Mendes (dezembro de 2030). E há ainda quem conte com a aposentadoria precoce de Luís Roberto Barroso.

O favorito para a primeira vaga até o momento é Cristiano Zanin, advogado de Lula na Lava Jato. Em um contexto de especulação pelos próximos oito anos, porém, a disputa pelo segundo lugar também está aquecida.

O sogro de Zanin, o advogado Roberto Teixeira, por exemplo, tem feito campanha por Pedro Serrano — nome ligado ao grupo de advogados Prerrogativas — nos bastidores.

Poucos acreditam que isso vá impactar a lealdade de Lula a Zanin, mas a disputa é mais um capítulo de uma rivalidade de anos entre o Prerrogativas e o advogado de Lula.

Além de não constar entre os favoritos, Serrano cometeu o que é considerado um pecado capital para um candidato ao STF. Em entrevista ao site Diário do Centro do Mundo, se colocou “à disposição” para ser indicado. Candidatos, no geral, tentam se destacar sem ficar com fama de que estão se vendendo.

Integrantes do Prerrogativas também têm trabalhado pelo nome do jurista baiano Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-secretário-geral do STF e, na época, braço direito de Ricardo Lewandowski na Corte. Hoje, Almeida Neto é advogado da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), empresa presidida por Benjamin Steinbruch.

Rivais de Almeida Neto apontam que o trabalho na CSN pode atrapalhar sua candidatura. Lula se indispôs com Steinbruch por conta do impasse da empresa na execução da ferrovia Transnordestina.

Já pessoas próximas a Almeida Neto garantem que, para Lula, o vínculo com o empregador atual é menos importante do que o currículo do jurista e seu trabalho no STF ao lado de Lewandowski, que tem apoiado seu nome.

O rol de candidatos não para por aí. Estão no páreo os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell e Benedito Gonçalves, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas.

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metropoles.comGuilherme Amado

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