Disparada da inflação cresce em R$ 200 mil dívida de Flávio com mansão
O filho primogênito do presidente Jair Bolsonaro financiou uma mansão de quase R$ 6 milhões em Brasília no início de 2021
atualizado
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A dívida do senador Flávio Bolsonaro, do Patriota do Rio de Janeiro, contraída para a compra de uma mansão de quase R$ 6 milhões, cresceu R$ 216 mil desde março deste ano por conta da disparada da inflação em 2021. O valor representa 7% do total financiado de R$ 3,1 milhões ou quase dez meses do salário líquido de um senador.
O cálculo, feito a pedido da coluna pelo economista Luiz Fernando Mendes, faz uma simulação do impacto da alta generalizada de preços no empréstimo de Flávio.
No início de março deste ano, o 01 financiou uma mansão de quase R$ 6 milhões em Brasília. Como não tinha todo o dinheiro disponível de imediato, ele precisou pegar mais de R$ 3 milhões emprestados no BRB.
Na ocasião, com o IPCA, principal índice que mede a alta dos preços, acumulado em 12 meses em 5,2%, o senador fez uma opção ousada. Para obter uma taxa de juros mais baixa, ele atrelou o empréstimo à inflação.
Desde então, o indicador subiu com mais força e já está em 10,2% nos doze meses terminados em setembro deste ano. Apenas o aumento de preços acumulado em 2021, de 6,9%, já é maior do que a inflação acumulada em um ano no momento em que ele assinou o contrato.
A projeção feita para a coluna pelo economista, é bom lembrar, leva em conta uma queda significativa do IPCA já a partir do ano que vem. Caso isso não aconteça, Flávio terá problemas.