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Diretor de escola diz que acertou em levar crianças a Bolsonaro sem permissão dos pais

“Cadê a liberdade artística?”, questionou diretor sobre divulgação de vídeo com menores por campanha de Bolsonaro

atualizado

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1 de 1 bolsonaro-crianças-escola - Foto: Reprodução

O diretor da escola CCI, Clayton Braga, que levou menores para gravar um vídeo com Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto sem a autorização prévia dos pais, defendeu a decisão da instituição ao levar os alunos para o encontro, chamado por ele de “casual”, com o presidente. Sobre a gravação do vídeo, que foi publicado nas redes sociais de políticos aliados a Bolsonaro, também sem autorização dos responsáveis, Braga questionou: “Cadê a liberdade artística?”.

O diretor da instituição de ensino disse que as crianças estavam gravando nos jardins do Palácio do Planalto, foram autorizadas a entrar na casa presidencial e encontraram Bolsonaro “casualmente”.

“Os pais sabiam que as crianças iriam nos monumentos. Eu me questiono, cadê a liberdade artística? Se fala tanto nisso… Aquilo ali para mim foi uma oportunidade de o coral se apresentar para o presidente Bolsonaro, por acaso”, afirmou à coluna.

Braga disse também que não irá tomar nenhuma medida para a retirada do vídeo, gravado com menores e divulgado sem autorização dos pais, antes de ser acionado pela Justiça. Os pais de uma das menores registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal contra a escola.

“Eu vou aguardar as orientações dos órgãos legais, porque nós estamos com duas situações: um casal de pai que acha que a filha foi exposta e outros responsáveis que adoraram o vídeo e não querem que seja derrubado”, disse Braga.

O diretor considera que o vídeo, que foi usado para fazer campanha para Bolsonaro nas redes sociais de seus aliados, foi uma “oportunidade única de aprendizado” para as crianças.

Segundo os pais que registraram o boletim de ocorrência, o cantor Milsinho e a servidora pública Carol Silva, foi informado a eles que o passeio escolar passaria pelos pontos turísticos de Brasília para a gravação de um vídeo para a Copa do Mundo. Foi pedido que as crianças fossem com a blusa do Brasil.

Os pais não sabiam, e não autorizaram, que a menor entrasse no Palácio do Planalto e gravassem um vídeo com o presidente, que depois foi divulgado por seus aliados e integrantes de sua campanha.

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