Diretor da PF omite que foi assessor especial de Wilson Witzel
Além de assessor especial de Witzel, Maiurino foi subsecretário de Inteligência e membro do Conselho Administrativo da Cedae
atualizado
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O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, omite de seu currículo que foi assessor especial do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. Em seu currículo disponível no site do governo federal, Maiurino informa somente que foi “membro do Conselho de Segurança Pública do Rio de Janeiro”, mas não menciona a nomeação por Witzel para um cargo comissionado na Governadoria do Estado, nem que foi conselheiro da companhia de água do Rio, a Cedae.
Maiurino foi nomeado assessor especial em 27 de março de 2019, logo no início do governo Witzel, e ficou até setembro de 2020, quando o ex-governador foi afastado. Durante esse tempo, o atual chefe da PF recebeu, mensalmente, cerca de R$ 12 mil, que é a média salarial de um assessor especial do governo.
Junto ao cargo comissionado no governo Witzel, Maiurino também cumpria a função de subsecretário de Inteligência na Secretaria de Estado de Segurança Pública. Ele foi cedido pela PF para a pasta no dia 28 de dezembro de 2018, logo após as eleições, e ficou até setembro de 2020.
Além de subsecretário e assessor especial no governo Witzel, Maiurino foi membro do Conselho Administrativo da Cedae, o que também não consta em seu currículo. Segundo a empresa, o atual chefe da PF ficou no cargo de abril de 2019 até maio de 2020 e recebia salário de R$ 5.737.