Após Pandora Papers, ações de empresas citadas caem na Bolsa
Sete empresas repetiram o desempenho negativo no pregão desta terça-feira
atualizado
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As empresas que operam na bolsa brasileira, a B3, e que tiveram proprietários citados em reportagem da série Pandora Papers apresentaram queda no valor das ações na segunda-feira (4/10), o primeiro dia de pregão após as revelações. Nesta terça-feira (5/10), sete das empresas voltaram a ter os papéis negociados em baixa.
Os nomes dos empresários e de suas respectivas offshores foram revelados em reportagem do Metrópoles, que faz parte de uma investigação global coordenada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês).
A MRV Engenharia e o Banco Inter, da família Menin, a Grendene e a Vulcabraz Azaleia, dos irmãos gêmeos Pedro e Alexandre Grendene Bartelle, e a Rede D’Or, da família Moll, estão entre as empresas que iniciaram a semana com ações em baixa.
Na segunda (4/10), as ações do Banco Inter chegaram a uma queda de 13,55% e, no dia seguinte, perderam mais 3%. As da MRV caíram 4,66% na segunda e 2,31% na terça. As da Grendene sofreram baixas de 7,66% e 1,61% nos dois dias (confira tabela ao final da matéria).
A queda dos papéis do Banco Inter, no entanto, está relacionada a outro fator. Havia desconfiança no mercado em relação ao número de provisionamentos da instituição financeira, o que levou o banco a antecipar nesta segunda-feira a divulgação da prévia operacional do terceiro trimestre. A estratégia não surtiu efeito, e as ações da empresa permaneceram em queda, impactadas também pela alta nas taxas de juros.