Desembargador do RJ solta número 2 de Rogério Andrade e cita Kassio
O bicheiro Jeferson Tepedino Carvalho, apontado como braço direito de Rogério de Andrade foi solto no último dia 21
atualizado
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O bicheiro Jeferson Tepedino Carvalho, conhecido como Feijão, foi solto no último dia 21 por decisão de um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Carvalho é apontado pelo Ministério Público fluminense como braço direito e sócio do bicheiro Rogério de Andrade.
Feijão estava no Presídio Laércio da Costa Pellegrino, conhecido como Bangu 1 e penitenciária de segurança máxima do estado, desde julho de 2023. A decisão do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Netto determinou que o braço direito de Rogério de Andrade use tornozeleira eletrônica e se apresente à Justiça mensalmente.
Carvalho ficou um ano foragido da Justiça após ser alvo de denúncia na Operação Calígula, do MP do Rio, a mesma que prendeu a delegada Adriana Belém e mirou contraventores do Rio de Janeiro. O bicheiro foi preso em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no ano passado.
Na decisão, Netto disse que a organização criminosa chefiada por Rogério de Andrade, com participação de Feijão, teria tido “tempo razoável” para desarticulação. O magistrado citou também que Rogério de Andrade foi liberado, em 2024, pelo ministro do STF Kassio Nunes Marques, de todas as suas penas.
“Já tendo se passado tempo razoável da desarticulação da suposta organização criminosa em razão da prisão preventiva que já perdura há quase um ano, parece que não subsistem as mesmas facilidades que levariam o paciente a repetir atos análogos”, alegou o desembargador na decisão.
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disse na Operação Calígula que Feijão era considerado o “01” de Rogério de Andrade, que controlava até pessoas que teriam acesso ao contraventor. Ele era também, segundo os promotores, responsável pela gestão de casas de jogos e que participava na segurança e da vida pessoal de Rogério de Andrade.
O MP do Rio disse que de forma “consciente e voluntária”, Feijão agia com outras pessoas na exploração dos jogos de azar no Rio de Janeiro. Entre os nomes citados, estão os do assassino de Marielle Franco e do ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, ambos presos por ligações com a morte da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes.
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