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Desalojada por Bolsonaro, biblioteca do Planalto segue sem previsão de reabertura

Documentos históricos estão em sala improvisada fora do Planalto e fechada ao público; veja fotos

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Desalojada por Bolsonaro, biblioteca do Planalto segue sem previsão de reabertura
1 de 1 Desalojada por Bolsonaro, biblioteca do Planalto segue sem previsão de reabertura - Foto: Coluna Guilherme Amado/Metrópoles

Desalojada pelo governo Bolsonaro, a biblioteca do Palácio do Planalto segue sem previsão de funcionar na gestão Lula. Documentos históricos da Presidência são mantidos em uma sala improvisada fora do Planalto e fechada ao público.

Sob Jair Bolsonaro, a ofensiva sobre a biblioteca do Planalto foi ilustrada em fevereiro de 2020. O vídeo, publicado pela coluna, mostrava dezenas de livros amontoados no chão dos corredores do palácio. Motivo: a biblioteca no primeiro andar do anexo do Planalto daria lugar, às pressas, ao gabinete da então primeira-dama Michelle Bolsonaro, que organizava o programa Pátria Voluntária.

Depois da repercussão negativa, Bolsonaro recuou e acomodou a primeira-dama perto de seu gabinete, mas a biblioteca deixou de ser uma referência para pesquisadores, estudantes e servidores.

Hoje, o acervo da biblioteca está espalhado em três lugares: o original, que segue sem funcionar normalmente; uma sala de estudos, no térreo do anexo, apenas com mesas e computadores; e uma sala improvisada em um prédio fora do palácio. O funcionário que quiser ir a esse prédio deve deixar o Planalto pelo anexo e andar cerca de 300 metros, atravessando uma rua. O lugar se assemelha a uma fortificação militar: muros altos, grades e um segurança armado na portaria.

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A placa enferrujada informa que ali ficam o almoxarifado e a coordenação de patrimônio, onde são depositados móveis de residências oficiais da Presidência e até presentes recebidos pelo presidente. E uma sigla: Cecad, o Centro de Capacitação e Desenvolvimento. Na prática, um plano nunca concretizado de criar um espaço para a formação de funcionários públicos e que abriga o material histórico de improviso.

Ao final do primeiro corredor do prédio, os funcionários veem um papel escrito à mão numa porta. A placa improvisada mostra o que seria uma biblioteca, sem estrutura ou funcionários. Nesse espaço, há materiais preciosos: boletins internos da Presidência dos anos 1970; CDs com áudios de discursos presidenciais; e até relatórios da Comissão Nacional da Verdade, da década passada.

Procurada pela coluna, a Presidência não respondeu quando retomará a biblioteca e o que fará com o material histórico mantido fora do palácio.

Em nota, a Casa Civil afirmou que o Cecad será reformado para alojar a biblioteca com um formato moderno. O projeto está em fase de aprovação.

“Existe um processo para a reforma do Cecad que contará com um novo layout, área com estantes deslizantes, área para estudo individual e em grupo, um novo sistema de segurança com totens para autoempréstimo e autodevolução de livros. O projeto abrigará a biblioteca com áreas integradas para os cursos de capacitação oferecidos pela Presidência”.

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