Deputados votam para soltar Brazão e causam rebuliço no PV
Partido já autorizou aos parlamentares a se filiarem a outra legenda, mas votos a favor de Brazão contaram para o PV
atualizado
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A votação de dois deputados do Partido Verde (PV) pela soltura de Chiquinho Brazão, nessa quarta-feira (10/4), na Câmara dos Deputados, causou um reboliço no partido. Isso porquê, ambos já foram autorizados a deixar a legenda, mas não se filiaram a outro partido e votaram contrários a recomendação partidária.
Luciano Amaral, de Alagoas; e Jardyel Alencar, do Piauí, receberam o aval do presidente do partido, José Luiz Penna, da Secretaria Nacional de Assuntos Jurídicos e dps representantes dos diretórios estaduais, para se desfiliarem sem perderem os mandatos, em fevereiro e março, respectivamente.
Na Mesa Diretora da Câmara, contudo, por questões burocráticas, eles seguem como membros do PV e, consequentemente, da coligação com o PT e o PCdoB. E seus votos contam como se filiados ainda fossem.
Após a votação desta quarta-feira, alguns deputados do partidos queriam que eles respondessem ao Conselho de Ética do PV, mas isso não é possível porque não são mais filiados oficialmente.
Agora, eles pretendem se articular para convencer Jardyel e Luciano a se filiarem a outro partido logo e pedir para que a Mesa Diretora antecipe o processo dos desincompatibilização dos deputados ao PV.
Em nota, Penna afirmou que “não entende o motivo de esses parlamentares ainda não terem se desligado do partido e solicita que o façam imediatamente. Caso não se desliguem, imediatamente, optaremos pela expulsão”.