Deputados do União Brasil se rebelam e ameaçam Lula na Câmara
Lideranças do União Brasil dizem que indicações de Lula para ministérios renderão apenas um voto na Câmara dos Deputados: o de Luciano Bivar
atualizado
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Lula não conseguiu agradar à bancada de deputados do União Brasil com as indicações para os ministérios. Lideranças importantes do partido dizem que as nomeações garantirão ao futuro governo apenas um dos 59 votos da sigla na Câmara: o de Luciano Bivar, presidente da legenda.
O União Brasil terá dois deputados federais como ministros no futuro governo. Juscelino Filho, do Maranhão, ficou com as Comunicações, e a neófita Daniela do Waguinho, do Rio de Janeiro, assumirá o Turismo.
O senador Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado, fez uma indicação pessoal e emplacou o governador do Amapá, Waldez Góes, como ministro da Integração Nacional. Segundo Lula, Góes pedirá a desfiliação ao PDT e liderará as negociações com o União para obter os votos a favor do governo na Câmara e no Senado.
Deputados do PT compartilham do sentimento dos colegas do União Brasil. Parlamentares de destaque no partido admitem que os acordos feitos por Lula com as legendas de centro, sobretudo com o União, foram mal costurados e deram mais atenção ao Senado do que à Câmara.
À coluna, Alcolumbre minimizou a insatisfação dos deputados e afirmou que os futuros ministros saberão atender aos pedidos da bancada. “Temos dois deputados indicados. Esses dois deputados organizarão junto com a bancada o apoio para as votações. Não será problema”, disse.