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Deputado questiona Flordelis sobre sumiço de celular de Anderson

Otoni de Paula, da bancada evangélica, disse que no dia do crime ligou para o celular do pastor e um dos filhos de Flordelis atendeu

atualizado

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O deputado Otoni de Paula, do PSC do Rio de Janeiro, confrontou a agora ex-deputada Flordelis na votação pela cassação de seu mandato. Otoni questionou o sumiço do celular do ex-marido de Flordelis, Anderson do Carmo, assassinado em junho de 2019. O deputado contou que no dia do crime ligou para o celular do pastor e um dos filhos de Flordelis atendeu.

Otoni foi um dos poucos líderes da bancada evangélica a se posicionar firmemente na votação. Ao justificar seu voto, disse acreditar que Flordelis quebrou o decoro parlamentar ao tentar obstruir provas.

“Eu liguei para o celular do Anderson no dia da morte e um dos seus filhos me atendeu. Você usou esse aparelho para falar com a Yvelise (de Oliveira). Onde foi parar o celular?”, questionou o parlamentar encarando Flordelis, que balançava a cabeça em negativa.

As investigações apontam que o celular do pastor, que desapareceu na noite do assassinato, foi conectado horas depois na casa do senador Arolde Oliveira, na Barra da Tijuca. O aparelho já estava com um novo chip em nome de Yvelise de Oliveira, mulher do senador.

Yvelise de Oliveira, seu esposo Arolde, Flordelis e o pastor morto Anderson do Carmo.

Dias depois, o celular foi parar em Brasília, recebeu um novo chip, em nome de um pastor, foi conectado ao Wifi da casa de um delegado da Polícia Federal e nunca mais foi ligado. Flordelis sempre afirmou que o aparelho desapareceu depois do crime.

O plenário decidiu, nesta quarta-feira, pela cassação do mandato de Flordelis por 437 votos favoráveis e apenas 7 contrários. No parecer da decisão, o deputado Alexandre Leite, relator do caso, disse que a parlamentar não conseguiu provar sua inocência.

Leite disse que Flordelis tentou usar o mandato para cooptar um de seus filhos para assumir a autoria do crime, era a única da família com recursos para comprar a arma, e também teria abusado de prerrogativas parlamentares.

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metropoles.comGuilherme Amado

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